Com o recesso parlamentar, diversos documentos acumulados foram lidos no expediente pela primeira-secretária Célia Rocha (PL) na sessão de terça-feira (03). São respostas de requerimentos apresentados pela oposição no primeiro semestre, novas solicitações de informações, projetos protocolados e quase 300 moções, incluindo três de repúdio.
Uma delas foi proposta pelo vereador Dr. Marcos Moraes (PSL) e destinada ao jornal “Folha de S.Paulo”, pela matéria publicada em 19 de junho de 2021, intitulada “Usar drogas faz parte do direito a buscar a felicidade, defende neurocientista”. Outros nove vereadores assinaram a moção.
O vereador já havia criticado a reportagem em junho durante a palavra livre, quando chamou a obra do neurocientista Carl Hart, da Universidade Columbia, em Nova York (EUA) – o livro “Drogas para Adultos”, lançado no Brasil pela Editora Zahar – de “lixo literário” e que faz “apologia às drogas”. Leia mais aqui.
A segunda moção de repúdio, do vereador Normino da Rádio (Cidadania) e assinada por mais quatro vereadores, foi destinada à empresa Burger King “pela realização da campanha publicitária que inseriu em seu conteúdo promocional com tendências a ideologia de gênero e incentivo a uma nova formatação familiar, utilizando crianças menores de idade, para explicar sobre o tema LGBTQI+, veiculada em diversos canais de comunicação”.
Em junho, a rede de fast-food lançou a campanha “Como explicar?”, voltada à promoção da diversidade, que trazia o olhar das crianças em relação à comunidade LGBTQIA+. Em co-criação com especialistas em psicologia e diversidade, a propaganda mostrava a perspectiva infantil quanto ao amor e ao respeito. A propaganda causou polêmica quando de sua veiculação, gerando protestos de setores conservadores da sociedade. Confira:
A terceira moção, de autoria do presidente Thiago Gonçales (PL), líder Mané da Saúde (PDT) e assinada por mais nove vereadores, que é destinada ao repúdio da Proposta de Emenda Constituição – PEC Nº 32/2020, da qual trata de uma Reforma Administrativa do Governo Federal, que possibilita aos entes federados alterarem os “direitos adquiridos” pelos respectivos colaboradores em suas esferas federal, estadual e municipal.
A moção aponta a “indignação, inconformidade e repúdio” à matéria que tramita no Congresso, apelando aos parlamentares, para que “de forma analítica, certifiquem-se dos ‘reais interesses’ obscuros que encontram-se sobre tal propositura”.
Em 08 de junho, o presidente do SISMI – Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Municipal de Itu, José Flamínio Leme, fez uso da Tribuna Livre para falar sobre a PEC. Ele apresentou dados sobre a proposta e destacou a posição contrária do SISMI à PEC 32/20. De acordo com o representante, não apenas os servidores, mas também o usuário do serviço público será afetado pela reforma, que prevê a redução e extinção de cargos públicos ocupados por servidores concursados.
A referida moção foi destinada aos presidentes da Câmara, o deputado federal Arthur Lira (Progressistas-AL), e do Senado, o senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG). As três moções de repúdio foram aprovadas por unanimidade.
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