Quem foi ao Tomorrowland Brasil no ano passado, talvez estivesse com o pé atrás de voltar neste ano. Isso porque a chuva torrencial que caiu no primeiro dia do festival em 2023 traumatizou os participantes, mostrando que a organização não estava preparada para eventos climáticos extremos. Neste ano, porém, com o apoio do Governo do Estado e da Prefeitura de Itu, o evento voltou com tudo e transcorreu sem grandes contratempos.
Entre os dias 11 e 13 de outubro, o Parque Maeda recebeu os principais nomes da música eletrônica do mundo todo em uma grande celebração repleta de luzes e fogos de artifício. Parecia um Réveillon a cada noite. O JP acompanhou os três dias de evento, além da festa de abertura do Dreamville – o acampamento do Tomorrowland Brasil – que aconteceu na quinta-feira (11).
No palco The Gathering, os cerca de 10 mil acampados de diversas partes do Brasil e do mundo puderam participar de um “esquenta” para o que viria. Um dos principais atrativos foi o showcase exclusivo do álbum “Senna Driven”, inspirado no legado do tricampeão de Fórmula 1, o piloto Ayrton Senna. A família de Senna e os DJs Dubdogz e Cat Dealers estiveram presentes também e atenderam a imprensa.
Tanto na quinta quanto na sexta, a noite reservou o grande desafio do Tomorrowland: uma forte chuva caiu sobre a região em ambos os dias. Mas as obras de infraestrutura realizadas pelo Poder Público e organização, como o asfaltamento das principais vias de acesso ao festival e dos caminhos de público e aprimoramento da drenagem do solo, mostraram que foram bem executadas e garantiram a comodidade do público, que só precisou apelar para capas de chuva.
Não houve registro de grandes incidentes, apesar de relatos de furtos de celulares e apreensão de drogas – leia mais na página 05. Quanto ao calor, a organização disponibilizou ilhas de hidratação, em que o público poderia encher garrafas d’água gratuitamente. Os pontos, porém, estavam sempre cheios, assim como os banheiros – que foram melhorados para esta edição.
Atrações
Na parte musical, grandes atrações da música eletrônica agitaram os participantes. Na sexta-feira, quem encerrou no palco principal (este ano com o tema “Adscendo”, replicando um castelo semelhante ao da Disney) foi o DJ holandês Hardwell, que apresentou uma versão remixada de “Rap das armas”, de Cidinho & Doca, que levou o público à loucura. Também se apresentaram Armin van Buuren, Yves V e Afrojack, entre outros.
No sábado, dia em que os ingressos estavam esgotados, Axwell, Dimitri Vegas e Timmy Trumpet foram as atrações principais. Fechando o evento, no domingo o público conferiu atrações como Vini Vici, Steve Aoki, Alesso e Charlotte de Witte, que fechou a programação. Mas quem roubou a cena foi o brasileiro Alok, que levou um show de 600 drones que iluminaram o céu ituano. Até pessoas em outros pontos da cidade se encantaram com a apresentação.
O evento também contou com participações especiais de Pedro Sampaio e Ludmilla, que se apresentaram juntamente com o estadunidense Steve Aoki. Além do palco principal, outros quatro palcos contaram com programação de diversas vertentes da música eletrônica. São eles: Core, Tulip, Freedom e Youphoria.
Ao todo, mais de 150 mil pessoas estiveram nos três dias de evento, que tem contrato de mais oito anos com o Parque Maeda. A edição 2025 ainda não foi anunciada oficialmente, mas deve acontecer novamente em outubro.
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