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Tempo seco prejudica a umidade do ar em Itu

Segundo o Governo Estadual, 163 kits já foram distribuídos a municípios que atendem aos critérios técnicos (Foto: Divulgação)

Este inverno vem sendo muito seco, sem chuvas, e isso preocupa, pois a umidade relativa do ar poderá atingir nível crítico em diversas cidades do estado de São Paulo. O alerta é da Defesa Civil estadual.

Na região, a umidade relativa do ar deve estar abaixo de 30%, índice que está próximo de ser considerado crítico pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A chuva de ontem (25) ameniza, mas está longe de resolver o problema.

Segundo a Defesa Civil estadual, com o avanço do período de estiagem, é importante que a população beba muita água, mesmo que não esteja sentindo sede e que umidifique o ambiente doméstico com bacias de água e toalhas molhadas. Outra dica importante é que se evite fazer exercícios físicos entre 11h e 16h e usar soro fisiológico nos olhos e narinas.  

Segundo o médico pneumologista Dr. Alberto Silva, da Unimed, “o ar, com a sua umidade, garante uma melhor qualidade e da captação do oxigênio. Os pulmões adoram trabalhar com uma umidade do ar em torno de 65%, e nós temos passado, atualmente, por períodos de 30%, 40%. Isso torna os trabalhos pulmonares muito maiores do que quando acontecem próximos dos 65%. Portanto, manter a via respiratória respirando um ar com umidade em torno de 65% facilita muito mais o trabalho respiratório e torna a respiração muito mais fácil e mais limpa”.

Dr. Alberto destaca que os problemas de falta de umidade atingem dois extremos, que são as crianças e os idosos. “Existe outro grupo, que são aqueles que já possuem alguma doença que fragiliza o organismo, como os diabéticos, hipertensos, os obesos (as comorbidades)”.

Mas além da ingestão de água e líquidos, ele afirma que “é importante consumir frutas que sejam bem hidratadas, como melancia e melão. Isso tudo facilita a absorção de água, que umidifica a via respiratória. Temos também o umidificador de ar, que pode ser usado em ambientes fechados, ou bacia com água e toalha úmida dentro do quarto, para que ela ajude a melhorar a umidade do ar do quarto, por exemplo”.

Ele ainda destaca que o corpo dá sinais para mostrar que está sofrendo com a baixa umidade do ar: “analisar pequenos esforços que fazia com facilidade e agora precisa fazer um grande esforço, se cansando com maior frequência. Quando atividades como tomar um banho, amarrar sapatos ou caminhar começam a se tornar mais difíceis de fazer, respirando mais acelerado. Quando isso acontece, é importante procurar atendimento médico”, finaliza.

Outros problemas

A reportagem do Periscópio também manteve contato com a CIS – Companhia Ituana de Saneamento, que informou que “de acordo com a Diretoria de Meio Ambiente, o mês de julho ainda continua com irregularidade de chuva e, há 24 dias, não tem registro de precipitação no município de Itu”.

Embora tenha chovido na sexta-feira (25), “a umidade relativa do ar está muito baixa, com predomínio do ar seco, dificultando assim a formação de nuvens de chuva na região”.

Quanto aos mananciais de captação em Itu, estes “continuam com níveis satisfatórios e operacionais, as reservas das bacias hidrográficas no município estão com valor reservado médio de 80%. Por fim, a CIS instituiu recentemente um grupo técnico dedicado às questões da estiagem, diante do impacto anual que ela impõe à região e ao País. Um plano foi desenvolvido tendo como meta a garantia da segurança hídrica de Itu e, em breve, será divulgado à sociedade”.

SP Sem Fogo

A Prefeitura de Itu, por meio da Coordenadoria Municipal de Defesa Civil, recebeu nesta semana um novo kit de combate a incêndios, reforçando as ações preventivas durante o período de estiagem. O equipamento foi entregue pelo diretor da Defesa Civil de Itu, Paulo Guerreiro, ao prefeito Herculano Passos (Republicanos), após cerimônia realizada no Polo Tecnológico de Sorocaba.

O kit, que integra a Operação SP Sem Fogo, é composto por abafador para incêndio, cantil, facão com bainha, luva de raspa, óculos de proteção, bomba costal flexível, enxadão, lanterna, coletes operacionais e bonés operacionais. A iniciativa do Governo do Estado de São Paulo tem como foco apoiar os municípios durante o inverno, quando há maior risco de incêndios florestais em decorrência do clima seco.

A Operação SP Sem Fogo ocorre anualmente entre os meses de junho e outubro e envolve uma força-tarefa com as Secretarias Estaduais de Meio Ambiente, Infraestrutura, Segurança Pública e a Defesa Civil. O objetivo é reduzir ao máximo os focos de incêndio e proteger as áreas de vegetação em todo o território paulista.

Segundo o Governo Estadual, 163 kits já foram distribuídos a municípios que atendem aos critérios técnicos, como ter Coordenadoria Municipal de Defesa Civil cadastrada no Sistema Integrado de Defesa Civil e contar com pelo menos três servidores formados como brigadistas. A meta é entregar mais 220 kits até o final de 2025.

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