O músico Paulo Henrique Pupo, 45 anos, é morador de Itu há dez anos. “Vim para Itu em 2012 para realizar o projeto musical para crianças e jovens Banda Escola Maestro Chiquito na Banda União, que tinha o intuito de homenageá-lo, mas o destino quis assim e ele se foi antes de ver o projeto pronto e fazendo os concertos pela cidade”, recorda.
Formado em Regência de Banda pelo Conservatório de Tatuí com o Prof. Dario Sotelo, e com vasta experiência na área, Pupo agora encara um novo desafio: fazer parte do espetáculo musical “Chicago”, sucesso da Broadway que está em cartaz no Teatro Santander, na capital paulista.
Já visto por mais de 33 milhões de pessoas em todo o mundo, o musical tem Emanuelle Araújo como Velma Kelly, Paulo Szot como Billy Flynn (papel que interpreta atualmente na Broadway) e Carol Costa como Roxie Hart. A versão nacional tem atraído grande público desde o final de janeiro, quando o musical estreou. As apresentações vão até 29 de maio.
“A experiência está sendo incrível não só por estar trabalhando em uma grande produção da Broadway, mas também por poder ‘voltar a trabalhar’ depois de tudo que o mundo passou e passa ainda por conta da pandemia. É bom poder voltar literalmente aos palcos, já que nesse espetáculo a orquestra fica em cena”, conta Pupo ao JP, que relembra como foi chamado para participar do musical.
“Eu recebi um telefonema da produção do musical dizendo que eu tinha sido indicado para as audições e que eu tinha que mandar um vídeo para o diretor musical e maestro que veio direto da Broadway, Steve Freeman, analisar. Dois dias depois, recebi a grande notícia: ‘Pupo, seja bem-vindo a Chicago’ (risos)”, brinca.
Experiência musical
O contato de Pupo com música veio cedo. “Meu primeiro contato com a música foi através de meu pai que tocava acordeom. Então, desde sempre eu tenho a música bem próxima. Iniciei meus estudos no saxofone em 1986, aos 10 anos de idade, na Corporação Musical Marcos Vedovello em Mogi Guaçu, e com 13 anos de idade comecei a tocar em bandas de baile e vivo dessa arte até hoje”, conta.
O músico possui licenciatura em música, é professor de Artes e Educação Musical, saxofone, clarinete e flauta. “Já participei de várias formações instrumentais do jazz ao clássico, Russo Jazz Band, Banda Paralela, Big Bands, Quarteto Sax Bem Temperado, inclusive fizemos uma pequena turnê em Nova York em 2012, grupo de choro Orquestra Sambrasil, onde conheci o maestro Chiquito, entre outros”, recorda Pupo, que já participou de musicais como “Sunset Boulevard”, “A Gaiola das Loucas” e “Hair Spray”.
Agora, em “Chicago”, ele faz o chamado Reed 3 (sax soprano, sax tenor, sax barítono e clarone). “É tudo muito dinâmico, as trocas de instrumentos são muito rápidas e para mim isso é muito divertido, pois cada instrumento tem sua particularidade, técnica, timbre, dedilhado e eu gosto dessas ‘aventuras musicais’”, destaca o músico.
Pupo também afirma que “ter que manter da primeira à última récita a qualidade musical é outro desafio. Sem falar na emoção de abrir as partituras no primeiro ensaio e ver que eram as partituras manuscritas do próprio musical da Broadway”, conta ele, destacando a oportunidade de estar próximo de músicos e artistas renomados.
Outros projetos
De novos projetos, Pupo recebeu o convite para assumir a regência da Banda 10 de Outubro de Laranjal Paulista. “Convite esse que aceitei com maior orgulho, pois é um reconhecimento do trabalho, dedicação, respeito e amor às bandas de música que tenho”, afirma o músico, que também é maestro da Banda Lira Reinvento – projeto musical que ganhou novo nome.
“Agora mudamos para Banda Lira Ituana, e tenho muito orgulho de poder estar à frente desse grupo de amigos músicos”, disse ele, que não teve nenhum entrave de agendas com o musical, já que os ensaios de “Chicago” começaram no período de férias da banda. “Daqui para frente, quando tivermos concertos em Itu, eu consigo vir e depois volto para SP”.
>>> MUSICAL DE SUCESSO: “Chicago” traz uma crítica ácida e bem-humorada do show business, trazendo à tona o tema das celebridades instantâneas, criminosos famosos e mentiras, numa Chicago da década de 1920. Um conto universal, que traz uma discussão atemporal, atualíssima para todos as pessoas e gerações, repleto de muito jazz e coreografias marcantes. O espetáculo já acumula 63 estatuetas somando todas as principais premiações do mundo, incluindo Grammy, Tony Awards, Olivier Awards e Drama Desk.
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