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SOU CONTRA A INVASÃO DA UCRÂNIA

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Nem estou querendo escrever sobre a Guerra na Ucrânia, porque fico realmente pasma ao ver tanta gente de esquerda apoiando guerra e imperialismo (desde que não seja o americano, tudo bem!). Não sei o que se passa na cabeça do pessoal — eles acham que Vladimir Putin é comunista?

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Claro, tem muita gente que pensa como eu, que é pacifista e condena a invasão. Pô, até o Talibã pediu paz! Mas tenho visto um monte de pessoas dizendo que é complicado, que não se pode tomar lado, que ambos os países estão errados… Pode até ser, mas só um lado tá sendo bombardeado.

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A minha dica infalível é: se você não sabe de que lado ficar, veja de que lado estão Trump, Bannon, Bolso. E vá pro lado oposto. Essa dica já valia em 2013, mesmo antes dessas figuras nefastas tomarem o poder. Outra dica é: fique do lado do povo. No momento, quem está sob ataque são os ucranianos. 

Concordo com o que diz o coletivo Juntos! (leia aqui a posição completa. Publico aqui o final:)

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“O que essa guerra significa e qual posição devemos tomar?

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Nesse momento, é necessário repudiar fortemente a invasão militar russa sobre Ucrânia e lutar para que o direito à autodeterminação do povo ucraniano e de todos os outros povos afetados seja respeitado. O conflito entre a OTAN e a Rússia já deixou mais mortos no país e está criando uma situação geopolítica que, a partir da disputa entre as forças imperialistas que atuam na região, faz dos principais prejudicados os próprios ucranianos. Tanto a posição da OTAN, que busca aproveitar a crise para criar um clima de instabilidade que permite maior ampliação da sua influência, quanto essa invasão russa são reflexos de interesses imperialistas e de elites globais. É uma guerra entre dois diferentes imperialismos que, travada da forma que está, faz com que o povo só tenha a perder.

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É necessária uma mobilização global anti-militarista e anti-nuclear, contra as movimentações imperialistas tanto russas quanto ocidentais. A situação ainda pode escalar de diversas formas nos próximos dias, mesmo que uma guerra na qual as potências ocidentais entrem diretamente por enquanto ainda não foi ameaçada. É papel das organizações políticas e sociais impulsionar uma solidariedade anti imperialista pela esquerda com o povo ucraniano nesse momento e debater as consequências dessa disputa entre impérios. 

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Não é nosso papel defender o imperialismo menos pior, como faz parte de uma esquerda campista que acredita que as ações de Putin sejam de alguma forma justificáveis, nem ser ingênuos com o que significam as movimentações da OTAN em sua disputa por maior influência política e militar sobre a região. Nesse momento estamos com o povo ucraniano contra a guerra ou qualquer escalada militar sem justificativa a não ser o interesse das elites.

Toda solidariedade ao povo ucraniano! Nossa mobilização é pela paz, contra os blocos imperialistas e pela autodeterminação dos povos!”

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Putin é misógino e homofóbico. É por sua imagem de macho alfa que a extrema-direita de todo o mundo gosta dele. Veem a Rússia como um país conservador onde agendas igualitárias não têm vez (e não têm mesmo). Putin é também um imperialista que quer que as ex-repúblicas soviéticas (que declararam sua independência em 1991) voltem a fazer parte da Rússia. 

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Depois de apenas três semanas  no poder, Putin invadiu a Chechênia, em agosto de 1999. Em 2008, ele atacou a Geórgia. Em 2014, a Crimeia (isso depois que, com a influência dos EUA, os ucranianos derrubaram o presidente da Ucrânia Yanukovych, aliado da Rússia). A Rússia considera a Ucrânia uma zona tampão, que a protege dos inimigos. Não quer de jeito nenhum que ela faça parte da Otan.

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Putin, que começou a planejar a invasão há meses, apela: diz que quer desmilitarizar e desnazificar a Ucrânia. Obviamente é mentira que estava havendo um genocídio em Kiev. Não há dúvida que a Ucrânia tem muitos nazistas (o Batalhão de Azov, que integra o Ministério do Interior da Ucrânia, é nazista), mas tenho a impressão que a Rússia tem muito mais nazis que a Ucrânia. 

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Volodymyr Zelenskiy é um palhaço, um ex-humorista que foi alçado a presidente. Mas ele, que é judeu, não é nazista. Certamente Bolso é muito mais nazista que ele. E nem por isso o Brasil deve ser invadido. Aliás, bombardear um país para salvá-lo é bem coisa de americano. 

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E nosso presidente nazista não cansa de se envolver em papelões. Junto a Maduro, ele foi a o único da América do Sul a não condenar a invasão russa. E aquela narrativa (não foram só memes) de que Bolso tinha impedido a terceira guerra mundial? Vai ter que devolver o Nobel da Paz? (uma piada que ouvi é que o Capetão impediu sim a terceira guerra. Mas esta que começou ontem já é a quarta).

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E parece piada, mas juro que vi um cirista (eles existem) defender o posicionamento de Bolso e tratá-lo como estadista: “Se Bolsonaro continuar firme no apoio a Putin, já é maior que Lula. Só atrás de Vargas e Juscelino”. 

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Ninguém sabe quanto tempo vai durar a guerra. Não se esperava uma coesão tão forte da União Europeia. Todo mundo está contra Putin, e as sanções econômicas serão enormes. Mas Putin não parece que vai ceder. Hoje mesmo já ameaçou a Suécia e a Finlândia se eles se unirem a Otan.


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Só sei que não é possível tratar uma guerra sangrenta como um detalhe geopolítico. Tenho ouvido bastante que “não existem inocentes nessa história”. Sei, não, me parece que tem uns 44 milhões de inocentes, que é a população da Ucrânia invadida.

O post “SOU CONTRA A INVASÃO DA UCRÂNIA” foi publicado em 25th February 2022 e pode ser visto originalmente na fonte Escreva Lola Escreva

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