Na última quarta-feira (17) foi realizada na Igreja Nossa Senhora do Patrocínio a abertura do ano jubilar alusivo do centenário da morte da Venerável Maria Teodora Voiron (1835 – 1925), primeira Provincial da Congregação das Irmãs de São José de Chambéry no Brasil.
A religiosa fundou o Colégio Nossa Senhora do Patrocínio, pioneiro na educação feminina em São Paulo e outros seis colégios nas cidades paulistas de Jaú, Piracicaba, Santos, São Paulo, Taubaté e Franca, além da direção de saúde das Santas Casas de Itu e São Paulo, diversos orfanatos e asilos pelo Estado.
Quando morreu, em 17 de julho de 1925, aos 90 anos de idade, contava com fama de santidade entre os que a conheceram. Desde então há milhares de relatos de graças alcançadas por seu intermédio. Na década de 1940, foi aberta a sua causa de beatificação. Desde 1998, a Madre Maria Teodora é considerada Venerável, pela Igreja, aguardando que um milagre por sua intercessão seja reconhecido pelo Dicastério da Causa dos Santos para ser elevada à condição de Bem Aventurada.
Nascida em Chambery, a 6 de abril de 1835, Luisa Josephina Voiron entrou para a Congregação das Irmãs de São José, adotando o nome religioso de Maria Teodora. Em 1859, ela chegou a Itu onde viveu até a sua morte, como a principal liderança das religiosas francesas no Brasil.
As atividades jubilares alusivas ao centenário da morte da Venerável Maria Teodora Voiron tiveram início com uma missa presidida pelo padre Sydnei Macedo Gonçalves, Postulador da Causa de Beatificação e concelebrantes.
Ao final da missa, que contou com a presença de centenas de pessoas, foi realizada a inauguração de um novo espaço cultural nas dependências do Patrocínio, chamado Memorial Venerável Maria Teodora, reunindo documentos, objetos e fotos ligadas à sua história, justamente no quarto em que ela passou os últimos anos de vida, presa à cadeira de rodas.
Ao Periscópio, a Irmã Luiza Rodrigues, superiora da comunidade das Irmãs de São José em Itu, explicou o que é necessário para que a Venerável Maria Teodora possa ser declarada bem aventurada e posteriormente ser canonizada.
“Agora precisamos de um milagre para que ela seja declarada bem aventurada e pra ela ser canonizada precisa de um segundo milagre. Para a Igreja reconhecer um milagre ele precisa ser algo imediato. A cura da pessoa deve, por exemplo, a pessoa estava em coma e de repente acorda bem; não pode haver sequela na pessoa; a melhora da pessoa não pode ter sido auxiliada por um tratamento; o pedido pela cura tem que ser feito para possível Santa e a ciência não pode conseguir explicar a cura”.
Irmã Luiza destaca ainda a importância de se celebrar a Venerável Maria Teodora. “É de suma importância esse momento em que nós estamos vivendo, lembrando o centenário de morte da Venerável Maria Teodora e celebrando sua vida. Não queremos a beatificação apenas pela beatificação, mas reconhecendo a sua vida, seu testemunho. Um exemplo para nós também. Foi possível para ela, é possível para nós também”.
“Gostaria que o povo ituano buscasse conhecer quem é Madre Teodora. Como faz 100 anos que ela faleceu, muita gente não sabe mais a história, mas que pudesse conhecer e buscar ver todo o bem que ela fez para a sociedade ituana. Os desafios que ela enfrentou e a paixão que ela teve por essa nação. Que os ituanos possam ir retomando essa história. Isso é muito importante e que venham ao Patrocínio rezar um pouco e conhecer essa linda história”, encerra.
A Igreja do Patrocínio, incluindo o Memorial, pode ser visitada de terça a domingo, das 9h às 12h e das 14h às 17h, exceto feriados. Mais informações pelo telefone: (11) 4013-7040.
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