
Quem consome água de poços caipiras, artesianos ou de bicas precisa ficar atendo à qualidade de água e solicitar testes de potabilidade. O Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) informou que a água, para consumo, precisa ter adição de cloro, em medidas corretas, para que seja garantida a sua desinfecção e qualidade. De uma forma geral, a autarquia não recomenda a ingestão de água proveniente de poços e bicas.
Conforme orientação do Saae, é preciso realizar testes de potabilidade, feitos em laboratórios especializados e credenciados para essa análise. “Por solicitação do munícipe, e em caso de dúvida, a autarquia pode fazer a coleta e a análise, porém não pode garantir a qualidade da água, mesmo com resultados favoráveis nas análises, pois se trata de água que por estar no meio ambiente pode sofrer contaminação a qualquer momento”, frisou por meio de nota.
Bicas
Antes comuns, as minas e bicas públicas estão cada vez mais raras no perímetro urbano e em momentos de racionamento acabam sendo procuradas pela população. No parque da Vila Formosa, no zona norte, alguns moradores do entorno se uniram para revitalizar uma pequena bica. A queda d’água foi canalizada, recebeu um deck, escada, corrimão e uma pequena escultura em lata que reproduz a tradicional Cabeça da Anta — fonte que fica em Tapiraí, a caminho do litoral sul de São Paulo.
O Saae, porém, não soube informar se a água proveniente da bica é própria para consumo e divulgou que realizará, nos próximos dias, a coleta e análise da água.
Quem passa pelo parque conta não saber ao certo de quem veio a iniciativa de canalizar a bica e muitos contam que um homem, que mora no Parque Vitória Régia, esculpiu a cabeça da anta e também outra escultura, de uma garça, que foi colocada ao lado da bica. “Eu sei que essa pessoa vem a cada 15 dias aqui fazer a manutenção, mas a maioria dos moradores cuidam do local também”, conta Ana Angélica Camargo Vitório, 45, que realiza a limpeza do parque. “Muita gente, quando está fazendo caminhada, para ali para encher as garrafinhas”, relata.

O aposentado Edson Dick reside na zona norte e conta que já utilizou a fonte do parque da Vila Formosa em outros momentos de racionamento de água. “É bonito ver que a comunidade zela pelo que está a sua volta.” A jovem Thyfani Hariane Fonseca, 19, conta que nos últimos dias, após início da crise hídrica que a cidade enfrenta, mais pessoas passaram a coletar água da bica. “A gente vê às vezes alguns moradores vindo com baldes. A água daqui é muito boa.”
Em uma praça na rua Ataliba Pontes, no Parque Paineiras, também na zona norte, há outra bica canalizada, mas pouco utilizada pela população por conta do difícil acesso.
Desativadas

Outras bicas que já foram muito procuradas pela população hoje estão secas ou fechadas, como é o caso de uma existente no Parque São Bento. No local ainda existe toda a estrutura canalizada, mas sem água.
Situação semelhante ocorre no Jardim Maria Eugênia, em frente ao centro esportivo do bairro. Antes uma área verde, o local tornou-se uma praça e a bica foi soterrada durante as obras. No Jardim Casa Branca a fonte de água que era disponibilizada à população na continuação da rua Atanázio Soares também está seca. (Larissa Pessoa)
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