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Quando o amor tem uma segunda chance…

Após um luto, um divórcio, já na terceira idade… quando um relacionamento amoroso parecia não ser mais opção, esses casais se reencontraram e reinventaram suas histórias. O roteiro da vida real, muitas vezes, supera a ficção. Que estas histórias inspirem outras pessoas a acreditarem que, após um fim, existe um recomeço.

O amor depois do luto

Em 2014, Ana Stela Fidencio vivia um drama: seu namorado há nove anos, o policial Sandro Gomes, foi baleado e morreu durante uma madrugada de trabalho, em Sorocaba. Poucos meses depois ela própria ingressou na corporação, e mesmo com o coração destruído foi exercer a mesma função.

Mudou-se para Osasco e trabalhou também em Itu. Conhecida pelo drama que assolou sua vida, não via expectativas além do trabalho: deixou inclusive a música de lado, sendo formada pelo Conservatório de Tatuí.

Um colega de trabalho insistiu bastante que ela deveria retomar a vida, mas ela demorou para aceitar uma nova chance. “Quando minha mãe o conheceu, ela disse: você vai casar com ele. Mas eu recusei…”, recorda.

Há quatro anos resolveu dar uma chance para Carlos Muniz, e tal como a Mulher-Maravilha nas telas, recomeçou, após uma grande dor. A filha do casal leva o nome de Diana, como a heroína, e nasceu há dois anos. “Acho que ninguém substitui ninguém, mas tudo tem um propósito. Ele me reergueu, cuidou de mim, construímos uma família, ele é um anjo em minha vida. Existe um momento certo para tudo…”

Após a luta, a paz…

Aos 17 anos, Paula Nunes se casou pela primeira vez. Se recorda que na mesma época seus pais estavam separando, e ela queria muito que o relacionamento fosse promissor. Logo em seguida nasceu Gabriela e João Victor. Dez anos depois, ao terminar sua primeira faculdade, ela decidiu se redescobrir e se separar.

O processo emocional e jurídico foi doloroso. O último durou 13 anos. “Um casamento que não deu certo é um fracasso… Levou um tempo para eu me perdoar, me curar.”  Já com os filhos adultos e casados, e concluindo a segunda graduação, ela também se tornou evangélica. E colocou um propósito em sua vida: um companheiro, após muitos anos sozinha.

Foi aí que conheceu Rodrigo Andreazza, que como ela também já havia se casado e tinha dois filhos. A amizade passou a se tornar admiração, e a admiração se transformou em amor. “Ele se converteu, foi para a minha igreja. Ele é do jeito que eu pedi para Deus. Acordo e vou dormir dando Glória ao Senhor”.

Há 3 anos estão casados. “A Paula é minha companheira de todas as horas, somos muito parecidos em quase tudo, gostamos de trabalhar, estudar, comer  bem e viajar nas horas vagas. Ela é a minha cara metade que Deus escolheu para minha vida”

Amor de infância

Carlos Castellni, 60 anos,  lembra que a melhor parte de sua infância era em Itu, na casa dos tios.  Era aqui que morava a prima Maria Aparecida Castelan, 68 anos. A diferença de idade fez com que ele, ainda menino, a visse casar e ter filhos.

Cida sempre trabalhou e foi independente, por isso não temeu em, estando em um relacionamento que não a satisfazia, pedir separação, em pleno anos 70. “O juiz questionou se ele bebia, me batia, traia. Diante da minha negativa, ele disse que não tinha o porquê eu me separar”, lembra. Decidida a ter uma nova vida, ela mudou para outra cidade e Estado, teve outro relacionamento, mais um filho, mas também não se acostumou a viver diariamente ao lado de outra pessoa. Voltou para Itu e seguiu a vida, dona de si.

O primo também seguiu a vida, casou, separou, e em um período difícil, de separação e desencanto com a vida, veio para Itu, em plena pandemia, no meio do ano passado. Na casa de uma tia, Cida se recuperava de uma lesão após um tombo. Lá eles se encontraram, lembraram a infância, e ele não perdeu a oportunidade de dizer que era apaixonado por ela, desde menino. “Mas eu disse que não queria, pois ele fumava e bebia muito”, recorda ela. Ele prometeu parar … E cumpriu! “Tenho parentes que morreram de tanto beber e eu estava fazendo o mesmo. Eu estava me matando, mas quando ela me pediu para parar, eu parei. A atenção que ela me deu, o carinho, me fizeram um novo homem”, conta. E ela, sempre tão independente, se rendeu a uma vida em comum ao lado dele, e se casaram, oficialmente, em abril deste ano. “Fizemos uma pequena cerimônia, mas foi muito bonito”, recorda ela. “Eu tenho certeza que o nosso amor é algo que vem de outras vidas”, completa ele.

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