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Polícia busca por outros cães de rinha que foram levados de chácara em Itu

Ao todo, 33 cães foram resgatados da chácara entre segunda e terça-feira. Crédito da foto: Emídio Marques (17/12/2019)

A Polícia Civil continua com as investigações para localizar o peruano, de 52 anos, que morava em uma chácara localizada em Itu, onde foram resgatados 33 pit bulls que sofriam maus tratos e participavam de rinhas. Segundo o investigador Bruno Ceccolini, as duas mulheres que estavam no local, que se apresentaram como funcionárias, confirmaram que o homem esteve na chácara horas antes da chegada dos policiais e retirou ao menos outros sete cães do local.

Foi através de uma denúncia anônima que a Polícia Civil conseguiu encontrar os 33 cães em Itu, além de outros animais como gambás, porcos, bodes, galinhas, porquinho da índia e cavalos. “Os pit bulls estavam em condições precárias, amarrados em árvores, na chuva e sem alimentação”, disse o investigador, que chegou ao local com sua equipe na tarde de segunda-feira e passou mais de 24 horas na chácara, até o fim do resgate de todos os animais.

O investigador contou que na terça-feira, enquanto ainda ocorria o resgate dos 33 cães, recebeu a informação do possível paradeiro dos outros sete pit bull. “Fomos até o local indicado, mas nada foi encontrado. Seguimos realizando diligências e buscando novas provas”, destacou. Quem tiver alguma informação que possa contribuir com as investigações pode entrar em contato pelo número 181 e fazer a denúncia sem se identificar.




Segundo Ceccolini, as duas mulheres que se apresentaram como funcionárias da chácara negaram os maus tratos e disseram desconhecer o paradeiro do peruano. Ele é uma das 41 pessoas presas no último sábado, em Mairiporã, após a descoberta de um sítio que sediava várias rinhas de cães. “Não há dúvidas que os cães resgatados em Itu também seriam usados em rinhas como a descoberta em Mairiporã”, disse o investigador.

Entre os envolvidos no caso ocorrido na cidade da Grande São Paulo há um médico, um policial militar, veterinários e cinco estrangeiros. Todos foram levados para a Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente, em São Paulo. Porém, o grupo participou de audiência de custódia na segunda-feira e apenas um deles permaneceu preso — o homem que seria o responsável pela locação do imóvel e organização do evento.

Investigação continua

A Polícia Civil de Itu espera ouvir ainda nesta semana a proprietária da chácara. O advogado dela, Wilson José dos Santos Muscari, esteve na propriedade no momento do resgate e afirmou que a mulher era a dona dos cães, “mas desconhecia a prática de rinhas”. Questionado sobre a situação legal do espaço para a criação e reprodução dos pit bulls, o advogado disse não saber se o local era devidamente registrado. A prática legal demanda CNPJ, canil adequado e veterinário responsável, porém nenhum desses requisitos é preenchido pelo local. Ele também não soube informar qual era a relação da proprietária com o peruano.




Além das condições precárias, a Polícia Civil acredita que os cães eram alimentados com os demais animais criados no local. Havia também a presença de ratos, anabolizantes, vacinas e medicamentos vencidos e armazenados incorretamente, uma esteira e uma piscina para o treinamento dos cachorros, além de uma estrutura de concreto que servia de ringue para as rinhas.

Resgate

Após a chegada da Polícia Civil na propriedade de Itu a perícia também esteve na chácara. Os cachorros foram custodiados à Associação de Vida Animal (AVA), em Atibaia, e socorridos para vários abrigos. Eles devem passar por avaliação veterinária, receberão os cuidados necessários e então seguirão para adoção consciente. Os outros animais foram encaminhados ao Centro de Referência de Assistência Social (Cras) da região de Itu, onde passarão por avaliação e reabilitação.

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