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OAB de Itu diz que há ausência de critérios na vacinação contra Covid-19

O presidente da Ordem dos Advogados de Itu, Rodrigo Tarossi, divulgou nesta quinta-feira uma Carta Aberta em que diz que a entidade está preocupada com “o critério e a metodologia aplicada no início da operacionalização do programa de imunização contra o Covid-19 em nossa cidade.”

“Isso porque, é notória a ausência de critério técnico específico na vacinação da classe prioritária dos “profissionais de saúde” dentro do Plano Estadual de Imunização, que envolvem, além de médicos e enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas, dentistas, psicólogos, nutricionistas, educadores físicos, biólogos, assistentes sociais, médicos veterinários, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, farmacêuticos e trabalhadores indiretos de estabelecimentos de saúde.”, diz o texto.

Segundo a carta, postagens em redes sociais deixaram evidente que muitos jovens foram vacinados, alguns sequer são profissionais da saúde e outros não atuam no atendimento direto ao público nem na linha de frente.

Considerando ainda a escassez da vacina, a OAB sugere a seguinte classificação de prioridade:

Prioridade 1: vacinação dos profissionais de saúde idosos e que estejam
diretamente ligados ao combate da pandemia, atendimento ou recuperação de doentes;
Prioridade 2: vacinação os profissionais de saúde idosos, que não fazem parte do atendimento específico aos doentes e ao combate da pandemia, mas exerçam a atividade regularmente;
Prioridade 3: vacinação de profissionais de saúde jovens e que estejam diretamente ligados ao combate da pandemia, atendimento ou recuperação de doentes;
Prioridade 4: vacinação de profissionais de saúde jovens que não fazem parte do atendimento específico aos doentes e ao combate da pandemia, mas exerçam a atividade regularmente;
Prioridade 5: vacinação de profissionais de saúde que não exercem a atividade regularmente.

“Eu acho que incomodou muita gente ver alguém de 25 anos ser vacinado, apesar de ser profissional de saúde, mas que não atua diretamente, por exemplo: psicólogo, nutricionista, e até exibir isso nas redes. A nossa Carta é um alerta para a sociedade, para difundir esse senso de humanidade”, destaca o presidente Rodrigo Tarossi.

Atualização diária

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo determinou que todos os serviços de saúde – públicos ou privados – atualizem diariamente o número de pessoas vacinadas contra o novo coronavírus na plataforma VACIVIDA, ferramenta digital criada pelo Governo de SP para monitoramento da campanha.

 A medida foi estabelecida em Resolução publicada nesta sexta-feira (29), reiterando a obrigatoriedade de que todos os serviços SUS ou privados que apliquem vacinas abasteçam todos os dias a plataforma, com registros nominais de aplicação de vacinas contra COVID-19. O descumprimento sujeita o serviço às penalidades previstas no Código Sanitário do Estado de São Paulo, que prevê multa de até R$ 290 mil.

“Isto é fundamental para rastreabilidade e monitoramento das pessoas imunizadas. O VACIVIDA foi desenvolvido considerando as melhores práticas de segurança da informação, com uso de tecnologia de ponta, e seu uso é crucial para o êxito da campanha”, afirma o Secretário de Estado da Saúde, Jean Gorinchteyn.

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