o em cima-do-muro do impacto

– não lançar conclusões precipitadas
na linha do ‘engenheiro(a) de obra pronta’

– compreender que esta agenda
está em franca construção e
portanto
em disputa

– notar que a narrativa carro-chefe
não dá conta de apresentar
todos os lados e nuances desta agenda

– se quiser mesmo enxergar os lados Bs
será preciso cavar mais fundo e
provavelmente
por conta própria

– reconhecer que o campo segue crescendo mas
ao mesmo tempo
restrito à sua bolha

– notar que novos marinheiros têm chegado
e se empolgado com esta estória
e
tantos outros chegarão
trazendo suas dúvidas e verdades

e o que faremos?

qual é/será nosso lugar nesta agenda?

mais à direita?
mais à esquerda?
mais ao centro?

mais focados em patinhos feios ?
(OSCs, cooperativas, negócios comunitários e periféricos….)
ou
na caça aos unicórnios ?

com os pés mais fincados no barro?
ou
no ar condicionado?

selecionando empreendedores de impacto
homens brancos faria limers?

ou

buscando uma maior diversidade
que tem a cara do nosso país?

como se vê
não basta adentrar ao campo do impacto
achando que ele é ponto de chegada

ele é apenas
o começo de uma longa jornada

pra alguns
em busca de manter seu lugar na janelinha
com purpurina de impacto

pra outros
a reafirmação do seu lugar de fala
isentão/isentona

pra outros
lugar pra gerar desconfortos
que nos levem a mudanças
mais profundas

se é pra ficar em cima do muro
o que estamos fazendo aqui?

#impactonaencruzilhada