Neste ano, o Brasil ocupou o 4º pior lugar no quesito saúde mental. Conforme a OMS, cerca de 10% da população mundial sofre com transtornos mentais, o que corresponde a aproximadamente 720 milhões de pessoas. O Brasil lidera o ranking de ansiedade e depressão, com quase 19 milhões de pessoas nessas condições. Conforme o relatório global anual, o país tem o 3º pior índice.
Fatores como estresse, genética, nutrição, infecções perinatais e exposição a perigos ambientais contribuem para esse cenário. As taxas de suicídio estão cada dia mais alarmantes. Pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) apontam um crescimento de 6% entre 2011 e 2022 nas taxas de suicídio e 29% no número de automutilações entre jovens de 10 a 24 anos.
Esses dados revelam que algo grave está acontecendo em nossa sociedade, seja nos vínculos familiares, nas relações amorosas ou na esperança em relação ao futuro. No entanto, há esperança: ao mudar hábitos diários e reconhecer os sinais, podemos transformar nossas vidas e impactar positivamente a de outras pessoas.
Os três pilares da saúde mental são a prevenção, a percepção e o tratamento. Praticar atividades físicas, manter uma boa nutrição, dormir bem, realizar atividades relaxantes e equilibrar a vida são formas eficazes de cuidar da saúde mental.
O custo de não cuidar da saúde mental vai além do material. Estima-se que esse custo global seja de 5 bilhões de dólares. No Brasil, o custo de não tratar ansiedade, depressão e suicídio perinatal materno é de cerca de 25 bilhões de reais. Além disso, os transtornos mentais causam uma perda anual de 397,2 bilhões de reais no faturamento das empresas. Na economia em geral, a perda chega a 4,7% do PIB. Os casos de burnout, por exemplo, geraram 2,48 bilhões de reais em gastos para as empresas entre 2014 e 2022.
Diante desses números, surge a reflexão: quanto custa ignorar a saúde mental? Frases como “isso é bobagem”, “é coisa da cabeça”, ou “frescura” já foram ouvidas por muitos, mas os dados são alarmantes. Segundo a pesquisa Vigitel 2021, 11,3% dos brasileiros relataram ter recebido um diagnóstico médico de transtornos mentais. Esse número pode ser maior, já que nem todos buscam ajuda médica.
Os sintomas mais comuns são níveis elevados de ansiedade, estresse, dores de cabeça, alterações no sono e apatia. O tabu sobre saúde mental ainda persiste, especialmente no ambiente corporativo, onde a pressão é constante. Cuidar da saúde mental é essencial, não apenas para o indivíduo, mas também para as empresas, que dependem do bem-estar emocional de seus colaboradores.
Em resumo, a prevenção é o melhor caminho, mesmo quando não há queixas evidentes. Afinal, cuidar da saúde mental é uma responsabilidade de todos, e os impactos positivos dessa atitude podem ser profundos tanto para o indivíduo quanto para toda a sociedade.
Janaina Pereira
Terapeuta Thetahealing e membro da comissão Maio Furta-Cor
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Publicado em September 10, 2024.
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