Por Wagner Sasso
A notícia da renovação de contrato do treinador Mazola, bastante comemorada por alguns, não significa, porém, prenúncio de boas coisas para o Galo. Até poderá vir a ser. Para isso dependerá de muitas outras coisas. Pouco antes da renovação com o treinador, o Ituano havia assegurado a permanência de Tiaguinho e Fernando Canesin para a próxima temporada. Dois atletas que passaram o ano de 2025 no banco de reservas sob o comando de… Mazola!
Confesso que a julgar também pela permanência anunciada dos atletas Saulo, Thassio, MANCINI, Carlão, Muranga, OSMAN e BRUNO ALVES, em 2026, vamos assistir a mais do mesmo. O leitor deve ter observado que não citei Neto Berola e Dal Pian, dois jogadores que vão permanecer, ambos aptos para integrar um elenco de melhor qualidade. E porque o pessimismo com Mazola?
Simplesmente porque ele aceita, como fez em 2025, trabalhar com um grupo de jogadores abaixo do exigido para vestir a camisa do Ituano. É bom que o torcedor se acostumar. A julgar por essas informações, 2026 será de mais sofrimento. Confesso estranhar. Afinal, a tão decantada SAF não viria para mudar o Galo rubro-negro de patamar? Todos esperavam pelos milagrosos investimentos que a SAF da DIMACHE iria trazer.
Nos últimos dias tivemos notícias de duas SAFs, uma já implantada, a do Juventus e outra em negociação, no Confiança. No Confiança, para adquirir 78% das ações, a LG2, que tem Rodolfo Landim como um dos sócios, promete R$ 24 milhões em aportes nos próximos 3 anos. Além disso, anuncia um orçamento de R$ 51,2 milhões para esses 3 anos, sendo R$ 12 para quitar as dívidas do clube, construir um novo CT com 3 campos e reformar o Estádio Sabino Ribeiro, onde o clube pretende mandar seus jogos.
Já no Juventus, o tradicional “Moleque travesso”, a SAF anunciada tem ainda maiores ambições. O projeto prevê R$ 480 milhões de investimentos nos próximos anos e inclui até a reforma do Estádio Conde Rodolfo Crespi, a famosa Rua Javari, para 15.000 lugares. O objetivo é chegar à Série A1 do Paulista já em 2027 e alcançar as principais divisões do Brasileiro a partir de 2028. São sonhos ambiciosos, mas que se esperam ao implantar uma SAF.
Afinal, não é para isso que se imagina alterar a estrutura administrativa de um clube e alçá-lo aos “novos tempos”? Não vou aqui fazer a quase inevitável comparação com a SAF do Ituano. Não vou falar de investimentos em estádio ou local para treinamento. Tudo isso o Ituano já tem em espaço pertencente ao município e “de graça”.
Mas não custa lembrar que um ano atrás, o Ituano disputava a Série A1 do Paulista e estava na Série B do Brasileiro. Se o time que a nova SAF pode proporcionar é esse que estamos vendo, não é nada alentador. Vou aguardar um pouco mais para outros comentários. Hoje estou “amargo” demais para seguir nesse tema.
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