O Museu Republicano de Itu, que, junto com o Museu do Ipiranga, integra o conjunto Museu Paulista, promove uma série de atividades em comemoração à Proclamação da República, que ocorreu em 15 de novembro de 1889.
A programação da semana da República começou no sábado, dia 11 de novembro, às 16h, com uma apresentação do Coralusp 12 em Ponto.
Neste dia 15, quarta-feira, acontecerá, às 11h, um concerto com a Orquestra Ituana de Viola Caipira; e às 12h, a abertura da 18ª Exposição de Presépios Espaço Fábrica São Luiz, que reúne peças vindas de várias partes do mundo.
Além disso, no dia 17 de novembro, sexta-feira, será lançado o novo tour virtual do museu, que incluirá as exposições que estão em cartaz.
As apresentações musicais acontecem no Centro de Estudos do Museu Republicano de Itu (rua Barão de Itaim, 140, Itu, São Paulo); e a exposição, no próprio Museu (rua Barão de Itaim, 67, Itu, São Paulo). Tudo com entrada gratuita.
Berço da República
“A data do 15 de novembro é muito significativa para o Museu Republicano de Itu, pois ele está instalado onde ocorreu a Convenção Republicana em 1873. Essa foi uma reunião de vários participantes dos clubes republicanos da província de São Paulo e do Rio de Janeiro num momento em que ainda vivíamos sob o Império. Eles se reúnem justamente para discutir as ideias republicanas e, a partir dessa reunião, seria fundado, meses depois, um partido republicano paulista”, explica a historiadora Maria Aparecida de Menezes Borrego, supervisora técnico-científica do Museu Republicano.
De acordo com Maria Aparecida, na cidade de Itu e no edifício histórico onde está o Museu Republicano foram formalizadas essas ideias republicanas que já circulavam pelo Brasil. “Itu é reconhecida como o berço do republicanismo brasileiro, por isso comemoramos o papel do que foi a Convenção de Itu e local onde está instalado o museu”, afirma.
Acervo do período republicano
O Museu Republicano de Itu foi criado em 1923, exatamente 50 anos depois da reunião que ficou marcada como Convenção Republicana de Itu e, por isso, o Museu recebe esse nome.
Instalado em um sobrado do século 19, após reformas internas do edifício, sob a supervisão do primeiro diretor, Affonso Taunay, o Museu tinha também como objetivo mostrar como era uma casa paulista de família abastada. Para tanto, Taunay adquiriu telas, móveis e objetos de diferentes estilos, procedências e épocas, e encomendou retratos a diferentes artistas. Assim, o acervo conta com muitas peças relacionadas ao cotidiano e ao ambiente doméstico do período. A fachada do edifício tem características da arquitetura neoclássica e, na parte superior, estão instalados azulejos portugueses.
“No plano histórico, o Museu tem seu acervo dedicado à primeira República, que vai desde a proclamação até 1930. Foi constituído em parte por meio da doação de personagens e familiares ligados ao movimento republicano. O acervo é diversificado e conta com coleção e fotografias, textos e mobiliários”, explicou o vice-diretor do Museu Paulista, Amâncio Jorge de Oliveira, em entrevista ao Jornal da USP.
No acervo do museu, há telas de José Ferraz de Almeida Júnior e aquarelas de Miguelzinho Dutra; painéis de azulejos confeccionados pelo ceramista Antonio Luis Gagni; peças de mobiliário do século 19 e início do século 20 que pertenceram aos ex-presidentes Washington Luís, Prudente de Morais, Campos Salles e a outras famílias da região.
(Texto: Jornal de USP)
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Publicado em November 15, 2023.
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