No dia 1º de setembro, uma menina de 9 anos de idade, estudante do 4º ano do Ensino Fundamental I da Rede Saber II – Convenção de Itu, teria sido vítima de capacitismo por parte de uma professora.
De acordo com a mãe, Jéssica Torrezan, a professora teria negado o pedido da filha para ir ao banheiro e ficado irritada com isso, já que ela estaria com cólica. “Ela estava com dor. Ela está tendo muita cólica, coisa de mulher que já está ficando mocinha. Tinha ido à escola, conversei com a diretora e expliquei que poderia ser que ela precisasse ir mais ao banheiro, mas mesmo assim a professora negou.” Após a menina ter se irritado, a professora disse, de acordo com a mãe: “vai dar chilique igual ao seu irmão?”.
“O meu filho, irmão dela, tem oito anos e também estuda na Rede Saber II. Ele é autista nível 3, de suporte não verbal, tem ansiedade e hiperatividade. Ele é uma criança bem agitada. Tem essas crises, mas faz terapia e sou uma mãe completamente presente, na escola participo das reuniões, ajudo em tudo e a professora foi capacitista. Usou o autismo para atacar uma criança”, desabafa Jéssica.
“Ela não pode insinuar que as crises de uma criança autista são chilique. E falou isso na frente de outras crianças, porque quatro mãe vieram me falar isso. A professora falou que ia chamar a psicóloga pra minha filha, porque ela estava igual ao irmão”, prossegue.
Jéssica chegou a registrar um boletim de ocorrência, o qual a reportagem do Periscópio obteve acesso. A denunciante diz que chegou a ir até a Prefeitura e, na Secretaria Municipal de Educação, teria solicitado o afastamento da professora de suas atividades e/ou transferência da mesma na escola, porém não teria sido atendida.
O JP esteve em contato com a Prefeitura de Itu, que por meio de nota informou que a Secretaria Municipal de Educação tem ciência das queixas efetuadas pela mãe em questão e, a pedido da mesma, abriu um processo administrativo para a apuração adequada dos fatos. Somente após a conclusão deste processo será possível determinar qual providência será tomada.
Jéssica é co-criadora do grupo Mães Atípicas Itu, iniciado em março deste ano, com o objetivo de lutar por melhorias para as famílias e seus filhos atípicos, além de dar apoio a quem precisa, principalmente às mães que têm diagnóstico recente.
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