Licitação do Mercadão é prorrogada; Vereadores se manifestam, “pobre está sendo excluído”

A Prefeitura prorrogou o prazo para a contratação de empresas interessadas nos boxes do Mercado Municipal. Antes, as propostas teriam que ser entregues até o dia 24 de fevereiro, mas agora as adesões vão até 15 de março. A licitação é do tipo maior oferta, custa R$ 4 mil e pode ser paga em até cinco vezes. O aluguel pelo prazo de 12 meses é de R$ 2 mil.

Enquanto isso, no local, revitalizado em 2019, continua acontecendo o que a Prefeitura nomeou como o “Mercadão Gastronômico”, lançado no final de setembro como uma atração temporária que duraria 90 dias. Mas desde então segue funcionando e chegará nesta próxima semana a 150 dias de abertura.

“Essas portarias concedem o uso gratuito dos boxes”, disse o vereador Eduardo Ortiz (MDB) durante a sessão da Câmara desta semana. “A lei orgânica é clara que não pode haver prorrogação. Todos os comércios que integram o polo estão desde agosto sem pagar nenhum centavo ao município. Foi lançada uma licitação, mas eu senti falta de uma audiência pública para ouvir a população sobre o que as pessoas gostariam de ter naquele local. Pedimos recentemente que o governo ouvisse a população, mas acho que isso é esperar demais deste governo”, analisa.

“Se continua funcionando sem portaria, está errado. Se renovaram a portaria, está errado também. Eu não sou contra barzinho, música ao vivo, mas temos claramente uma tentativa de mudança de público que frequenta o local. Poderíamos mesclar, mas hoje, com o aluguel do box subindo de R$ 700 para R$ 2000 fica difícil”, diz, provocando. “Ainda bem que os comissionados da Prefeitura estão frequentando assiduamente o local, só não sei o que será de lá quando eles enjoarem de lá. Porque o pobre está sendo excluído do mercadão. Só vai poder passar na porta”, encerrou.

A vereadora Maria Piunti (PSC) relembrou a lei que mudou o uso do local. “Dos antigos detentores de boxes, não sobraram nem dois. A lei que votamos em 2019 era para que isso acontecesse, infelizmente, para expulsar os antigos detentores e colocar quem interessava”, contou. Galvão (DEM) também relembrou o episódio. “Os comerciantes vieram até a Câmara assistir àquela sessão e depois foram humilhados pelo prefeito. Existe inclusive um vídeo com as barbaridades que o prefeito disse para os comerciantes da nossa cidade”, diz.

Fotos: divulgação – reprodução/TV Câmara

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