O inverno teve início oficial no Brasil nesta sexta-feira (20), com término previsto para 22 de setembro. A estação, caracterizada por dias mais curtos, noites mais longas e temperaturas mais baixas, chega com previsão de clima seco predominante e possíveis ondas de frio, especialmente no Sul e Sudeste do país.
De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o inverno de 2025 será influenciado pelo fenômeno La Niña, que tende a favorecer uma queda nas temperaturas e reduzir o volume de chuvas em grande parte do território brasileiro. No Estado de São Paulo, o inverno deve ser marcado por tempo seco, céu com poucas nuvens e baixa umidade relativa do ar – o que exige atenção redobrada com a hidratação e a saúde respiratória, especialmente entre idosos e crianças.
As temperaturas mínimas podem ficar abaixo da média em várias regiões paulistas, especialmente durante as madrugadas e manhãs, quando a ação de massas de ar polar será mais intensa. Cidades localizadas em áreas de maior altitude, como a Serra da Mantiqueira, devem registrar os menores termômetros da estação.
Já as chuvas, que já são escassas no inverno, devem ocorrer de forma ainda mais pontual. Os períodos prolongados de estiagem preocupam principalmente pela possibilidade de queimadas e queda na qualidade do ar.
Cuidados
O inverno é uma estação que exige cuidados. Ao Periscópio, Dr. Marcio Roberto Lopes da Silva, pediatra da AIS ( Atenção Integral à Saúde) Itu da Unimed Salto/Itu, comenta que as patologias mais frequentes da estação são resfriados, gripes, asma e rinites alérgicas e suas complicações como pneumonias, sinusites, otites. “Alguns casos tendem a se agravar, levando a quadros de insuficiência respiratória, ocorrendo internações e aumentando os casos de maior gravidade”, destaca o profissional.
De acordo com o médico, nos dias mais frios alguns cuidados são importantes como “evitar exposição externa ao frio intenso e ventos, se agasalhar bem, manter uma boa hidratação, pois em geral, o inverno em nossa região tende a ser seco e de baixa umidade e quando a temperatura amenizar no decorrer do dia, abrir as portas e janelas da casa, permitindo uma renovação do ar, visto que ambiente fechado por muito tempo, tende a proliferação de vírus e bactérias”.
Outra medida importantíssima, de acordo com o Dr. Marcio, é anualmente procurar e vacina contra a gripe. “A vacina é indicada a partir dos seis meses de idade. A vacinação diminui os casos, atenua os sintomas das gripes e reduz consideravelmente as complicações, internações e a mortalidade, principalmente em crianças pequenas,idosos e pessoas com doenças crônicas”, explica.
“Com isso, outro dado interessante é a economia na saúde pública e privada, com redução do uso de oxigênio, medicações tais como antibióticos, broncodilatadores, permitindo um melhor direcionamento dos custos para outras demandas da saúde. Com a grave pandemia do Covid que ocorreu no início dessa década, as pessoas não podem negligenciar a gripe como doença inferior e sim tomar todas as precauções e medidas necessárias, para uma melhor qualidade de vida e de saúde”, conclui o profissional.
Vacinação
Sobre a vacina contra a gripe, a reportagem do JP esteve em contato com a Prefeitura de Itu para saber como está o ritmo da imunização na cidade. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, até a manhã da última terça-feira (17), foram aplicadas 20.890 doses da vacina contra a gripe na cidade. Desse total, 15.191 doses foram aplicadas em pessoas dos grupos prioritários: crianças de 6 meses a menores de 6 anos (5 anos, 11 meses e 29 dias), gestantes e idosos acima de 60 anos.
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