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Exposição com mais de 400 presépios lembra verdadeiro sentido do Natal

Papel, palha, madeira, ferro, cristal, vidro, cerâmica, plástico. As formas mudam, mas o conteúdo é o mesmo: o menino Jesus. Ele, pelas mãos dos homens em busca de redenção, veio de diversos países: Colômbia, Peru, Estados Unidos, são diversos países e representações de diversos continentes.

Na sua forma genuína ou original, com balas de fuzil ou pedras de sal, as cores e formatos, dos grandes aos pequenos, os mais de 400 presépios da exposição de Maria Sofia Vidigal são símbolos que resistem a tempos em que cultuar o sagrado não é mais rotina dos lares.

“Eu percebo que as pessoas têm muita saudade dos presépios das infâncias, da casa dos pais ou dos avôs, elas se emocionam ao relembrar. Muitas realmente se sentem tocadas, voltam até para falarem sobre milagres que alcançaram ao estarem aqui e sentirem algo realmente divino”, conta Maria Sofia.

A exposição acontece desde 2004, e recebe diversas doações que só vai aumentando a cada ano. Mas um merece destaque: foi feito com balas de fuzis, de um soldado da Libéria em busca de redenção. Foi doado para um coronel do Quartel de Itu que o repassou para Maria Sofia com a missão que anteriormente lhe foi dada pelo autor: rezar uma Ave Maria pelas vítimas das mesmas.

Ela percebe que, pós-pandemia, uma emoção diferenciada dos frequentadores. “A pandemia mexeu com todo mundo, né? As pessoas estão mais sensíveis depois do que todos nós passamos”.

A exposição segue além Natal: vai até o dia 8 de janeiro, dentro da Fábrica São Luiz, na Rua Paula Souza, 492, centro, em Itu, de segunda a sexta-feira de 12h às 17h, e das 10h às 17h durante os fins de semana e feriados. A entrada é gratuita e segue até o dia 8 de janeiro.

Menino Jesus

Os pais de Jesus ao seu lado, cuidando dele, assim, ainda tão indefeso, representam muito mais do que uma tradição religiosa ou cultural: representam a nossa própria busca pela espiritualidade, o despertar da nossa própria fragilidade diante de um mundo que nos devora.

Em meio a boletos e pandemias, somos sobreviventes de um tempo doido e doído. E na busca por uma conexão, ele está lá, Jesus nos observa de seu berço e diz: “Vinde a mim os pequenininhos, por que deles serão os reinos dos Céus”.

E pequenos, nas nossas intimidades, buscamos a grandeza de não sermos únicos, de sermos um só com o Universo todo. Essa descoberta é particular de cada um: pode se dar no meio da missa, do culto, da preleção, ou pode ser um encontro às escuras com o nosso anjo, que assim como Gabriel, vem nos revelar: já é tempo de nascer. Renascer. Despertar…

Feliz Natal! Que em meio a encontros familiares, eventos sociais e comilança, encontremos um momento de paz, dentro de nós, para celebrarmos o nosso Menino Jesus!

(Fotos e texto: Rosana Bueno, editora do Jornal de Itu)

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