Quem vê a carreira tão bem sucedida da delegada Márcia Pereira Cruz, que se tornou a primeira mulher a ser titular do município, não imagina que ela passou por uma situação muito comum às mulheres: pensou em desistir da profissão ao ter um filho e não ter com quem deixá-lo. “Quando meu segundo filho nasceu, em 1991, pensei em pedir exoneração. Mas meu ex-marido, pais dos meus três filhos, me disse: “Você não vai abrir mão de seus sonhos. As crianças vão crescer e vão embora. E você, vai ter o quê para você?”, relembra ela.
“Ele era um homem a frente de seu tempo”, diz. Mário Sandro Pavoni foi seu namorado desde os 15 anos, se casaram três anos depois e após 16 anos, já mãe de Márcio (35 anos); Mário (30) e Maria Laura (25), ela pediu a separação.

“Ele era ótimo, se inspirou no meu pai (Márcio Prudente Cruz) e também era delegado, mas casamos muito jovens e nos tornamos parentes”, diz. Mário, que continuou sendo seu amigo, faleceu em 2013, por consequências de uma esclerose múltipla.
Outros relacionamentos vieram, mas “com filhos fica difícil. Pode dar certo, mas no meu caso não deu, e meus filhos sempre foram a prioridade”.

A ansiedade de um companheiro, aos 56 anos, já passou. “Até os 45 eu ainda tinha expectativa, mas com o tempo adquiri a sabedoria de que um relacionamento tem que valer muito à pena para me tirar da minha paz”.
Junto com o passar dos anos, além da sabedoria, também veio a vaidade. “Nunca fui de usar maquiagem nem salto alto. Mas na menopausa, há uns oito anos, eu engordei 15 quilos. Percebi que estava perdendo qualidade de vida, então fiz dieta e fiquei mais vaidosa, comecei a ir para a academia, fazer dança de salão, me cuidar mais. Acho que, como todas as mulheres, sou de fases”.
Trajetória
Ela nasceu em Palmital, mas viveu em São Paulo e fez faculdade em Sorocaba. Em 1989, ela passou no concurso de delegada. “Eram apenas seis mulheres, e na época as Delegacias das Mulheres estavam abrindo nas cidades, e eu escolhi Jaú. Então, fiquei sabendo que havia uma vaga para a DDM de Itu e viemos para cá, pois minha família era de São Paulo e a do meu ex-marido era de Sorocaba”, recorda

Em 1997, foi para 1º e 2º Distrito Policial (DP) e passou também pelo Ciretran (Circunscrição Regional de Trânsito ). Desde 2021, se tornou a primeira Delegada Titular do município. “Sou apaixonado pelo que eu faço e me sinto realizada”, finaliza.
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Publicado em March 12, 2022.
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