Nas últimas décadas, o avanço da tecnologia transformou profundamente a forma como nos comunicamos, nos informamos e nos relacionamos. E, ao contrário do que muitos pensavam, os idosos não ficaram para trás. Cada vez mais presentes nas redes sociais, eles mostram que é possível envelhecer de forma ativa, conectada e participativa.
Hoje, no Brasil, é comum ver pessoas com mais de 60 anos utilizando aplicativos como WhatsApp, Facebook e Instagram para conversar com filhos e netos, reencontrar amigos, acompanhar notícias e até produzir conteúdo. A pandemia acelerou esse processo: muitos buscaram nas redes uma forma de manter o convívio social durante o isolamento, e acabaram descobrindo um novo universo de possibilidades.
Essa presença digital tem impactos positivos na qualidade de vida. As redes ajudam a reduzir o sentimento de solidão, estimulam a memória e promovem o bem-estar emocional. Para muitos, navegar pelas redes é uma forma de se manter atualizado com o mundo e com as novas gerações.
Mas os desafios existem. A falta de familiaridade com certas ferramentas pode gerar insegurança, e os riscos de golpes virtuais e informações falsas também merecem atenção. Por isso, iniciativas que promovem a educação digital para a terceira idade são fundamentais — seja em centros de convivência, cursos comunitários ou mesmo com o apoio de familiares.
Em contrapartida, também há exemplos inspiradores: idosos que se tornaram influenciadores digitais, compartilham experiências, receitas, opiniões e reflexões com milhares de seguidores. Eles mostram que nunca é tarde para aprender, reinventar-se e ocupar novos espaços.
A crescente participação dos idosos nas redes sociais é um retrato bonito do nosso tempo: o de um envelhecimento mais ativo, criativo e integrado à sociedade digital. Valorizar essa presença é reconhecer que a tecnologia, quando acessível e humanizada, pode aproximar gerações e enriquecer a experiência de viver.
Roberto Melo Mesquita
Cadeira Nº 33 I Patrono Capitão Bento Dias Pacheco
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