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Espaço Acadil: A voz melódica do povo

Vilma Pavão Folino
Cadeira nº 35 I Patrono Maria José de Toledo Piza 

Um vídeo acompanhado de uma lacônica legenda: “Hino da Ucrânia cantado em português”, circulou nas redes sociais. Trata-se de um mix do show Lights of Freedom em Kiev, apresentado no telão, com a apresentação ao vivo do hino da Ucrânia em São Paulo, no dia 23 de abril de 2014, por ocasião da conferência TEDx Liberdade – The Power of together. A intérprete, Ruslana Stepanivna Lyzhychko, palestrante, cantora, dançarina, pianista, regente, compositora, produtora, ativista pró Ucrânia, política, muito popular em sua terra e detentora de prêmios internacionais, neste congresso defendia a liberdade de sua nação.Com a bandeira azul e amarela de sua pátria, iniciou cantando em ucraniano, encerrando em português. Uma homenagem aos seus conterrâneos que em nosso país habitam, sobretudo no Paraná, a maior comunidade ucraniana da América Latina.

O hino sobre liberdade e seu valoroso povo, com interpretação calorosa da cantora,emociona. A emoção se torna maior neste momento em que a Ucrânia passa por massacrante guerra. Desesperadora barbárie em que se conflitam fronteiras, berço histórico, poder, autoritarismo,anseio por liberdade, múltiplos interesses e rivalidades, de forma avassaladora e destruidora.

A intérprete não só cantou seu hino, mas o sentia em seu âmago,vaticinando o que aconteceria futuramente. E, infelizmente, aconteceu.

O hino além de símbolo, representa uma forte expressão nacionalista. Com exceção de Chipre, todos os países têm uma composição musical patriótica que evoca sua tradição, seu povo, suas lutas e seu amor ao país. Diferentes entre si, encontramos muitos tipos de hinos. O mais curto é o do Japão, o mais longo, do Uruguai, o mais famoso e dos mais violentos, o da França. Há também somente instrumentais como o da Espanha, Bósnia e Herzegovina e San Marino.

E o nosso hino? Nosso lindíssimo hino é considerado um dos mais líricos do mundo. Comum poema parnasiano, sua letra é de linguagem extremamente culta e rimas harmônicas. Curioso ressaltar que a sublime música do inspirado musicista Joaquim Manoel da Silva apresentada em 1831, teve várias letras ao longo do Império e agradou muito os brasileiros. Após a Proclamação da República, Marechal Deodoro, promoveu um concurso para a escolha do Hino Nacional e o selecionado não cativou o povo, que preferia o de J. Manoel da Silva. Pressionado, o presidente oficializou o vencedor como Hino à República e o antigo hino, como Nacional. A letra que acompanha brilhantemente o ritmo da imponente marcha, poema de 1909, do poeta e ensaísta Joaquim Osório Duque Estrada, foi oficializada em setembro de 1922, há cem anos.Havia também letra para a introdução magistral, que não sendo bem-vista na era Vargas, foi excluída. Assim, nosso hino ficou com majestosa abertura instrumental, como o conhecemos.

O dia 13 de abril é considerado Dia do Hino Nacional Brasileiro. Segundo os analistas estrangeiros: “um hino alegre como seu povo”.

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