Neste domingo (13) acontece o primeiro dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2022. São 3,4 milhões de pessoas inscritas para a realização da prova em todo o Brasil. Em Itu, milhares de pessoas estão inscritas para o exame. Assim como nos últimos anos, na cidade o local de prova é o CEUNSP (Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio).
Neste primeiro dia do exame serão aplicadas 45 questões de linguagens (40 de língua portuguesa e 5 de inglês ou espanhol), 45 questões de ciências humanas e a redação. Já no dia 20 de novembro, serão aplicadas 45 questões de matemática e outras 45 de ciências da natureza.
No primeiro domingo os candidatos têm 5h30 para responder às questões e fazer a redação. No segundo domingo, a duração é de 5 horas. Lembrando que os portões serão abertos às 12h e fechados às 13h, com a prova tendo início às 13h30 com o horário limite para o término no primeiro dia às 19h, enquanto no dia 28 será às 18h30e.
O Periscópio conversou nesta semana com professores e alunos da Escola Estadual Prof. “Pery Guarany Blackman”, que comentaram a respeito da preparação da expectativa para o exame. O professor de língua portuguesa Fioravante Stefani Neto falou à reportagem que, na instituição, eles têm como base a CLE (Competência Leitora e Escritora). “Então eles fazem uma redação com o formato do Enem, com os critérios de correção do Enem e eles podem ter a noção da forma que eles serão avaliados, para que se habituem com esse clima”, afirma.
“A gente costuma fazer a CLE na semana de provas para que a escola esteja em silêncio, todo mundo focado nesse processo. A gente usa temas relevantes que esperamos que sejam cobrados no próprio Enem. É difícil prever o que cairá, mas a gente discute durante as aulas, promove alguns debates em vista deles trabalharem também esse posicionamento crítico, argumentativo deles”, prossegue o educador.
Sobre o tema da redação deste ano, Fioravante espera que seja a respeito da valorização dos profissionais da educação. Ainda sobre a preparação, o professor explica que hoje é bem mais simples. “Acompanho canais no Instagram e no TikTok sobre redação e orientações. Eles [alunos] têm um acesso mais amplo de informações, inclusive a redações nota 1000 anteriores e principalmente analisar os critérios que anulam redação. Às vezes uma coisa muito simples, como fazer um desenho no canto em branco da folha, sublinhar ou circular uma informação sem relevância para o texto, assinar a redação. [É possível] ver quais são as falhas mais comuns para que as evitem”, explica.
Professora de geografia e filosofia, Marcela Quicolli Feijó acredita que o tema da redação possa ser sobre o sistema prisional. “Faz tempo que não cai algo nesse sentido e, como a minha matéria não é língua portuguesa, eu levanto muito o repertório sócio- cultural. A gente trabalha muito a parte argumentativa com eles, quais filósofos e teóricos eles podem trazer para a redação deles para embasar seus argumentos”, explana.
A educadora também aproveita para dar dicas não só para a realização da redação, mas para a prova no geral. “Gerenciar o tempo, separar bem os argumentos, respirar fundo, atender bem ao tema, dormir bem no dia anterior, não comer muito e trabalhar o psicológico”.
A ansiedade dos estudantes é grande para a realização da prova. Heloísa Mainardes de Azevedo, de 18 anos, que pretende cursar Direito, relata que aproveitou o tempo maior que está tendo na escola para estudar mais redação, melhorar a ortografia e ideias.
“Estou mais relaxada com humanas do que exatas e os professores estão auxiliando nas redações e sempre estudando. Assisto várias vídeoaulas para melhorar, tento ler algumas coisas nas redes sociais relacionadas aos temas que caíram nos anos anteriores”, diz.
Além do conteúdo, o fator psicológico é fundamental e, sabendo disso, Heloísa comenta. “Estou me tranqulizando, porque o que a gente já tinha que fazer, de preparação, já fizemos. Agora é só aproveitar o que a gente teve a oportunidade de estudar e colocar em prática”. A respeito do que espera como tema da redação, a estudante acredita que possa ser algo relacionado às mulheres ou sobre os maus tratos a animais.
Também estudante do Pery, Isabella Cardoso Pereira, de 17 anos, que pretende cursar Fisioterapia, relata que está se preparando desde o final do ano passado para a realização do Enem. “Dificuldade eu acho que eu tenho um pouco mais na área de exatas e a que estou mais tranquila é a de humanas”.
“Com relação à redação estou um pouco mais tranquila, porque foi o que eu mais estudei realmente. Eu fui fazendo as redações e entregando para os professores aqui da escola para darem uma olhada”, prossegue a aluna. A respeito do tema da redação, Isabela diz: “Eu sei que não será um assunto atual, mas acredito que o tema será relacionado a corpo, saúde, como a mídia fala muito do corpo das mulheres, acredito que seja algo relacionado a isso”, conclui.
Mais informações sobre o exame e o que pode e o que não pode ser levado para os dias de prova em: https://www.gov.br/inep/pt-br/areas-de-atuacao/avaliacao-e-exames-educacionais/enem.
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