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Duas gerações unidas pela vocação médica

Mais do que pai e filho, Dr. Emerson e Dr. Thiago representam o elo entre gerações que veem na medicina não apenas uma carreira, mas uma forma de servir (Foto: Arquivo pessoal)

Neste sábado (18), comemora-se o Dia do Médico e para marcar a data, o Periscópio traz uma história de pai e filho, que tem no DNA, a vocação pela medicina e a vontade de servir.

Dr. Emerson possui mais de 40 anos de carreira e vê o filho trilhar caminho na medicina (Foto: Arquivo pessoal)

Natural de Bauru, o ginecologista Dr. Emerson Cury traz consigo mais de quatro décadas de dedicação à medicina. Formado em 1982, ele chegou a Itu em 1986, onde iniciou sua trajetória no Hospital Nossa Senhora da Candelária e na Samec, além de integrar, no ano seguinte, o quadro da Prefeitura de Itu — onde atua até hoje.

A vocação nasceu cedo. “Desde pequeno eu dizia aos meus pais que queria ser médico. Meu pediatra até tentava me convencer a ser jogador de futebol, mas não teve jeito”, recorda. A escolha pela ginecologia e obstetrícia veio durante a graduação, inspirada por experiências práticas em estágios e no Projeto Rondon, no Piauí.

Orgulhoso, Dr. Emerson vê o filho seguir seus passos — não apenas na profissão, mas também na mesma faculdade. “Eu estudei na Unesp entre 1977 e 1982; o Thiago, 30 anos depois, de 2007 a 2012. Ele é muito competente, opera muito bem. No começo ele me ajudava nas cirurgias, hoje sou eu quem o ajuda. É uma alegria imensa”, diz.

Para ele, a medicina é mais que uma profissão: é uma missão de vida. “É a oportunidade de fazer o bem, resolver problemas e promover saúde. A relação de confiança entre médico e paciente é fundamental”, afirma, citando o ensinamento do cirurgião Adib Jatene: “A função do médico é curar. Quando não pode curar, precisa aliviar. E quando não pode curar nem aliviar, precisa confortar. O médico precisa ser especialista em gente”.

O filho que seguiu o exemplo

Dr. Thiago se formou na mesma faculdade que seu pai cursou (Foto: Arquivo pessoal)

O urologista Dr. Thiago Cury reconhece que sua trajetória até a medicina foi diferente da maioria dos filhos de médicos. “Inicialmente não pensava em cursar medicina. Cheguei a me formar em Biologia pela Unicamp, mas percebi que procurava algo mais prático, onde pudesse colocar a mão na massa”, relata.

Após decidir mudar de rumo, foi aprovado na Unesp de Botucatu — a mesma onde o pai estudou. Durante o curso, manteve-se aberto a diferentes possibilidades até que a paixão pelas áreas cirúrgicas o levou à urologia, especialidade na qual atua há 13 anos, com subespecialização em disfunções miccionais.

O urologista, destaca os conselhos recebidos. “Aproveitar as escolhas com responsabilidade e serenidade” e ao falar sobre o fato de ter crescido vendo a atuação de seu pai, Dr. Thiago comenta. “A profissão de médico sempre foi vista como algo habitual. Era a rotina em casa, ver meu pai chegando e indo ao hospital, geralmente vestido de branco (hoje não tão comum, nem entre os mais velhos). Então sempre foi encarado como algo natural, assim como amigos que tinham pais de outras profissões que viam com naturalidade a rotina de seus pais. Hoje conversamos sobre algumas situações e casos e muitas vezes nos ajudamos em cirurgias mais trabalhosas”.

Dr. Thiago reconhece que ser médico é um desafio constante. “Há momentos de muita alegria e outros nem tanto, e muitas vezes a vida pessoal e a profissional se misturam. Mas é uma profissão que nos enriquece muito, pelo aprendizado e pelas histórias de vida que vivenciamos todos os dias”, conclui.

Mais do que pai e filho, Dr. Emerson e Dr. Thiago representam o elo entre gerações que veem na medicina não apenas uma carreira, mas uma forma de servir.

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