Donos de lotes pagam mais de 2 mil reais em IPTU mas não podem construir no local

Na tarde de sexta-feira,6, diversos proprietários de lotes do Jardim Monte Rei, em Itu, estiveram na prefeitura, reunidos com o prefeito e outros membros de sua equipe, para conversarem sobre a liberação de seus terrenos no local.

Apesar de já pagarem IPTU (Imposto Predial Territorial Único), a Prefeitura não liberou a construção no local. “O prefeito nos disse que, se construirmos, ele derruba”.

A prefeitura alega que para que o loteamento esteja apto para construção, é preciso que a responsável pelo empreendimento faça obras de infraestrutura.

A empreendedora Amanda Dias conta que comprou o seu terreno em 2020, com previsão de entrega para novembro do ano passado. “Meu marido trabalhou oito anos em uma empresa, foi demitido e gastei a maioria da rescisão neste terreno, para tem um local para trabalhar. Sem poder construir, estou pagando aluguel, IPTU e a parcela do terreno… estamos muito tristes”. Outra compradora também lamenta: “Investimento de uma vida toda e agora estamos sem respaldo nenhum”, diz Gejolice.

“O escritório da Sena Construções diz que o problema é da Prefeitura, a Prefeitura diz que é da empresa”, conta Fabiana Malaquias. “Tive a impressão de que é uma briga entre o prefeito e a empresa, e a vítima somos nós, que pagamos os dois sem ter direito a usar o nosso bem”, diz Rosi Oliveira.

O proprietário Erico Brandão foi um dos que se reuniu com o prefeito na sexta e lamenta pois muitos não conseguiram pagar parcela e IPTU e devolveram o terreno, perdendo seus investimentos.

O empresário Viltemar de Oliveira comprou dois lotes para ser o depósito de sua empresa, e pede ajuda. “Pagamos IPTU muito caro e não sabemos mais a quem recorrer…”

Durante a reunião, o prefeito afirmou que a construtora precisa cumprir as ações legais e que culpar a Prefeitura faz parte de um jogo. “Não irei cair nessa”. O Chefe do Executivo também afirmou que aceita se reunir com os donos da Sena Construções. “Meu maior prazer é desmascarar vigaristas”.

Tentamos contato com a empresa, mas não conseguimos retorno.

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