No início desta semana, uma página no Facebook divulgou uma denúncia de pais de uma aluna da Escola Estadual “Professor José Leite Pinheiro Júnior”, situada no Bairro Brasil, em Itu, a respeito de uma suposta ameaça que teria sido escrita na parede do banheiro da instituição.
Ainda de acordo com a postagem, o texto seria um aviso de um suposto massacre previsto para ocorrer entre quarta-feira (08) e sexta-feira (10), o que felizmente não ocorreu. A pichação teria ocorrido no dia 2 deste mês, porém o caso veio a público nesta semana somente.
O caso se deu em meio a uma nova onda de fake news iniciada em abril e que vem preocupando pais, alunos e professores e policiais em todo o país. O padrão é o mesmo: o aluno picha algum lugar de uma escola [geralmente um banheiro] com os dizeres: “Massacre dia X”. Na maioria dos casos, é tirada uma foto, a frase é apagada e depois publicada nas redes sociais ou espalhada em grupos de WhatsApp por meio de um perfil anônimo.
Geralmente não é possível identificar o pichador e o caso fica sem solução, muitas vezes devido à proibição de câmeras de monitoramento nos banheiros. Porém, quando descobertos, os vândalos dão a mesma explicação, dizendo que se tratava de “apenas uma brincadeira para assustar a comunidade escolar”.
A reportagem do Periscópio tentou contato com a direção da escola estadual, porém a mesma informou que iria se pronunciar somente por meio da Secretaria Estadual de Educação. Por meio de nota, a pasta informou que tomou “providências imediatas” para tranquilizar a comunidade escolar, garantindo a segurança de alunos, professores e funcionários sem interromper aulas.
“Após registros de boletim de ocorrência e comunicação às autoridades de segurança pública, as pichações foram apagadas. Dirigentes de ensino e autoridades policiais atuam em todas as regiões do Estado para conscientizar comunidades escolares e identificar qualquer tipo de ameaça, ainda que todos os casos recentes tenham sido esclarecidos como trotes”, prossegue em nota.
“O Gabinete Integrado de Segurança e Proteção Escolar promove estudos permanentes sobre casos de violência nas regiões escolares, além de estratégias para conter ameaças e fomentar a cultura da paz”, acrescenta a pasta.
Delegado desmente
Ainda sobre o caso, JP conversou com o delegado Dr. José Moreira Barbosa Netto, que esclareceu à reportagem que foi feito um boletim de ocorrência e que a diretora da escola esteve no 1º Distrito de Polícia, situado no Bairro Brasil. Após conversa com a autoridade, foi feito o registro de danos contra o patrimônio público e difamação.
De acordo com o delegado, um aluno ainda não identificado pichou o banheiro da instituição de ensino. “Mas nada tão mais grave que o dano”, destaca Dr. Moreira, que acrescenta que, depois que a diretora investigou o caso, passaram a “difamar” a escola. “Não houve nenhum ato de terrorismo ou ameaça. Houve a divulgação na rede social de fato que não existiu. Está tudo sob controle”, conclui autoridade.
Escola localizada no Bairro Brasil funciona normalmente, porém boletim de ocorrência foi registrado (Foto: Daniel Nápoli)
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