Uma missa neste domingo (11), às 9h, na Igreja Nossa Senhora do Carmo, no Centro de Itu, celebra os 100 anos da Congregação Mariana Nossa Senhora do Carmo e Santo Alberto, fundada em 20 de outubro de 1922.
A missa será celebrada pelo padre Wagner Ferreira Pereira, diretor espiritual da Federação das Congregações Marianas da Diocese de Jundiaí; e concelebrada pelo diretor espiritual desta Congregação Mariana, Frei Rothmans Darles de Campos; pelo padre José Inácio Sonsini, que também é congregado nesta Congregação Mariana; e pelo padre Wagner José Campopiano, ituano que atualmente está na Espanha e é filho do congregado Wagner Campopiano. Também estarão presentes autoridades da cidade e congregados de outras regiões do Brasil.
A Congregação Mariana do Carmo foi fundada em 20 de outubro de 1922, sob a orientação do Frei Urbano Von Erp, que uniu um grupo de jovens para a sua fundação. Ao longo do tempo, a Congregação Mariana atuou nas mais diversas áreas, e com isso conseguiu reunir jovens e adultos que na década de 1950 chegou a cerca de mais de 600 membros. Através de seu Grêmio Teatral e banda de música, conseguia reunir seus membros das artes, que pelo teatro evangelizava, e pela música, sustentava procissões, sessões solenes e festas.
Em seu Ambulatório Médico, médicos e dentistas atendiam gratuitamente os mais necessitados e a quem fosse preciso, também distribuindo remédios. Pelo periódico “Salve Maria”, a Congregação investia na formação dos congregados, e nos seus mais diversos leitores. O Coro da Congregação participava das missas e celebrações. E o seu departamento esportivo reunia os mais diversos esportistas, do futebol e do tênis de mesa.
Juntos dos frades carmelitas, que sempre estiveram na assistência espiritual, os congregados construíram sua sede, no anexo do Seminário Menor da Ordem do Carmo (hoje, esse espaço é utilizado pelo Colégio Anglo). Ali eram realizadas sessões solenes, conferências, retiros, peças teatrais e festas. Sem contar a construção do prédio do Ambulatório, onde hoje está instalada a sua sede, e mais as salas da Banda do Carmo.
Atualmente a Congregação Mariana mantém o Ambulatório do Carmo, com a distribuição de medicamentos aos menos favorecidos; a Banda do Carmo, que oferece aulas de músicas gratuitas aos interessados; publica mensalmente (depois de extinto em 1964, foi reeditado há mais de 25 anos) o jornal “Salve Maria”, com quase 3 mil exemplares e que é distribuído, gratuitamente, às igrejas da cidade, e tem alcance nacional; e, atua, intensamente na comunidade do Carmo, preparando celebrações, organizando festas, e promovendo campanhas em benefícios de suas obras.
A Congregação conta com aproximadamente 75 membros inscritos, e pouco mais de 40 congregados frequentam suas atividades mensais, esvaziamento devido ao período da pandemia atravessada, de acordo com seu presidente, André Camargo Arruda. “Porém, nunca lhe foi perdida a alegria de seguir a sua missão”, destaca.
A diretoria atual da congregação é composta por: Frei Rothmans Darles de Campos (diretor espiritual); André Camargo Arruda (presidente); José Wagner Campopiano (vice-presidente); Benedito João de Souza (Dico) – 2º vice-presidente; Juliano José Christofoletti (secretário); João Paulo Moreira (2º secretário); Valdemir Francisco de Moraes (tesoureiro); e, José Aldo Acharezzi, 2º (tesoureiro) e mais os conselheiros: Luciano Aparecido Bonatti Silveira, prof. José Carlos Santa Rosa, Ricardo Souza Savioli, Sidnei Sant’Ana, que também é instrutor dos novos candidatos.
A Congregação Mariana do Carmo se reúne todas as quintas-feiras, em sua sede, na Praça do Carmo, 253, para seu terço semanal, com início às 19h30, com transmissão no seu canal do YouTube; faz suas reuniões de diretoria mensal sempre na quinta-feira que antecede o primeiro domingo do mês; e, mensalmente, se reúne aos segundos domingos de cada mês, na Igreja do Carmo, às 7h30, para sua reunião mensal, e após sua missa e comunhão geral, às 9h, além de diversas atividades que ela promove na Igreja do Carmo, e também, em outras paróquias.
Ao JP, o historiador e professor Luis Roberto de Francisco comentou. “A Congregação Mariana de Nossa Senhora do Carmo e Santo Alberto foi fundada em um momento em que a Igreja renovava seus quadros no Brasil, abrindo espaço a um clero de Ordens Religiosas e congregações europeias disposto a organizar o chamado ‘Catolicismo de Influência’, arrebanhando centenas de jovens a um grupo que pretendia servir de caminho de vida, através da consagração a Maria”, comenta.
“Os moços das Congregações Marianas encontravam-se semanalmente para orações, ofício, confissão e comunhão, além de obras sociais, música, cinema, além de organização e produção de jornal que marcaram uma época importante na vida das pessoas e um ritmo de presença na Igreja do Carmo. O todo cultural e religioso a que estavam ligados atravessou o tempo e chegou ao século XXI renovado diante dos desafios propostos pelo Concílio Vaticano II”, conclui.
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