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CIS comenta sobre a situação hídrica em Itu e descarta racionamento

Segundo a autarquia, rodízio, racionamento e até a redução de pressão não estão nos planos de ação. Nível total dos mananciais nesta semana representa uma reservação total de 76% (Foto: Divulgação/CIS)

Itu, como outras cidades pelo Brasil, vem enfrentando um longo período de estiagem, que afeta a qualidade do ar e também o abastecimento de água. Na última semana, nas redes sociais, alguns munícipes relataram estar enfrentando problemas de falta d’água.

Uma moradora do Jardim Eridano, que não quis se identificar, relatou estar sofrendo com a falta de água todos os dias, assim como disse uma residente da Vila Lucinda. No Centro, um outro leitor que também não quis se identificar relatou problemas pontuais com o abastecimento. 

Diante das informações, a reportagem esteve em contato com a CIS (Companhia Ituana de Saneamento) para saber como está a situação hídrica da cidade. Ao JP o superintendente da autarquia, Gilmar Souza explicou o momento enfrentado, pontuou ações realizadas pela autarquia e descartou racionamento. 

“Estamos em período de estiagem (entre abril e setembro) com um quadro muito melhor do que o observado no ano passado, quando foram necessárias uma série de ações alternativas. Até o momento, a CIS destaca que não há cenário de contenção de abastecimento e qualquer intermitência ou interrupção observadas pontualmente são resultantes de intercorrências, manutenção preventiva ou situações momentâneas que impactam no serviço prestado em regiões específicas, mas que não impactam no sistema todo. Assim, rodízio, racionamento e até a redução de pressão adotada em localidades como a Grande São Paulo não estão nos planos de ação”, afirma Gilmar.

Em Itu, as captações do Pirajibu e São Miguel/Varejão são destinadas ao bairro Cidade Nova e região. As restantes são destinadas à área central e demais localidades. Gilmar aponta que o nível total dos mananciais nesta semana representa uma reservação total de 76%, distribuídos pelas bacias do Itaim (50%), Pirajibu (99%), São Miguel/Varejão (85%), São Miguel (85%), Taquaral/Pirapitingui (75%), Braiaia (50%), Gomes (45%), São José (99%) e Mombaça (99%).

Plano contra perdas

Segundo o superintendente, a CIS possui um plano de redução de perdas. “Ele é dividido em diferentes etapas e fases, sendo a primeira a verificação do sistema e seu real espelhamento nos dados atualmente disponíveis à Companhia. Somente a atualização destas informações já impacta nos índices atuais”.

Gilmar explica que, estruturalmente, este programa incluirá etapas como a renovação do parque de hidrômetros, troca da antiga rede de distribuição de água, que requer grande investimento, e outras ações complementares como o uso sistemático de macro-medidores que irão monitorar o quanto se capta de água bruta e o quanto efetivamente chega até a residência do consumidor após o processo de tratamento.

“Não é apenas um projeto, mas uma proposta de ação contínua, que é exigida pela atual administração municipal e que receberá análise até mesmo dos legisladores ainda neste semestre de 2025”, destaca Gilmar.

Investimentos

Gilmar Souza também pontua ações que estão sendo realizadas para sanar ou mitigar os problemas hídricos no município. “Dentro de um contexto maior, a cidade já se mobiliza institucionalmente para ampliar e diversificar suas fontes de captação de água, como a conclusão do Sistema Utu-Guaçu que ainda não opera 100%, além do esforço intermunicipal para a construção da barragem do Piraí que representará uma futura reserva hídrica também para Itu”, pontua.

“No curto prazo, a normalização de nossa capacidade operacional e de manutenção e, no médio prazo, as ações estruturantes de renovação da rede de distribuição vão garantir a tão desejada segurança hídrica capaz de aumentar a qualidade de vida em conjunto com o desenvolvimento que o município está observando”, destaca Gilmar que diz ainda que as obras que tinham sido iniciadas pela gestão anterior continuam sendo executadas para que atendam aos seus objetivos iniciais de melhor atender à municipalidade. “Apesar de operar, o Sistema Utu-Guaçu ainda está em fase de conclusão”, reforça.

O tratamento de esgoto também está na lista de prioridades da CIS. A Estação de Tratamento do Esgoto do Pirajibu, como noticiado na última edição, foi entregue em 2024 com defeitos estruturais que impediram seu funcionamento. Segundo Gilmar, a CIS vem fazendo a readequação e pretende colocá-la parcialmente em operação ainda em 2025 e, quando estiver pronta, representará o tratamento de 100% de todo o esgoto produzido na cidade. 

“Todos os convênios idealizados anteriormente ainda estão sendo conduzidos na busca por recursos externos, além da elaboração de novas propostas. A Companhia não abre mão de um projeto que seja capaz de melhorar a prestação de serviço ao cidadão”, encerra o comandante da autarquia.

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