
Ação/Ficção científica, 2025 | Direção: Jake Schreier | Classificação indicativa: 14 anos | Duração: 2h06 | Em cartaz nos cinemas
“Thunderbolts*” é daqueles filmes em que tudo funciona bem. O elenco é bem encaixado, a trama é concisa e a ação é interessante. Apostando no “menos é mais”, a Marvel volta a ter uma produção que empolga depois de muito tempo. As costuras com o universo cinematográfico estão lá, mas o filme não deixa de contar sua própria história: a jornada de redenção de párias, especialmente de Yelena (Florence Pugh, em ótima atuação).
Na trama, os principais anti-heróis da Marvel são pegos numa armadilha pela diretora da CIA Valentina Allegra de Fontaine (Julia Louis-Dreyfus, também excelente) e obrigados a embarcar num plano ofensivo que os fará confrontar seus maiores traumas e cicatrizes do passado. Em meio a isso, eles precisam salvar o mundo – ou pelo menos Nova York – de uma ameaça maior. Um premissa manjada, mas que funciona especialmente por conta do ótimo elenco.
“Thunderbolts*” conta com ótimos personagens e consegue dosar bem praticamente todos eles em tela. Até mesmo Bob (vivido por Lewis Pullman), novo personagem introduzido neste filme, tem um bom aprofundamento, fazendo com que o espectador se importe com tudo o que está acontecendo. Ponto para o diretor Jake Schreier, que organiza tudo muito bem mesmo com as limitações e imposições feitas pela direção da Marvel Studios.
O roteiro de Eric Pearson e Joanna Calo também merece destaque, já que equilibra bem a comédia e a ação do longa-metragem, o que estava em falta nas últimas produções. A ação, aliás, é muito bem planejada, com cenas mais urbanas e menos dependentes de efeitos visuais computadorizados. No geral, “Thunderbolts*” lembra muito os primeiros filmes da Marvel, em que era possível sentir mais o frescor da novidade. Spoiler: o asterisco no título não é gratuito. Fique até o final da sessão!
Nota: ★★★★
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