Casal de Sorocaba consegue repatriação após 45 dias nas Filipinas

Após 45 dias “presos” nas Filipinas por conta da pandemia do novo coronavírus, o administrador sorocabano Vitor Manrique Madella, 33, e a esposa, a biomédica Flávia de Toledo Frias, 33, conseguiram retornar ao Brasil. O regresso ocorreu no dia 12 de abril, por meio de um voo comercial financiado pelo Itamaraty.

Além de Flávia e Vitor, outros 32 brasileiros foram repatriados na operação. O voo saiu de Manila, nas Filipinas, e fez uma conexão em Doha, no Catar, antes de aterrizar em São Paulo. O Itamaraty informou que a repatriação foi possível por conta das negociações da embaixada brasileira em Manila.

O grupo de brasileiros era composto por pessoas de vários Estados que estavam em diversos locais das Filipinas. “O Itamaraty trabalha incansavelmente para que todos os brasileiros retidos no exterior voltem para suas casas”, frisou.

O embarque dos brasileiros ocorreu uma semana após a divulgação de uma carta aberta pedindo ajuda ao Itamaraty. Flávia lembra que desde o início da pandemia estava em contato com a embaixada brasileira nas Filipinas solicitando que as autoridades negociassem o preço das passagens aéreas com a Qatar Airlines.

“Inicialmente, o preço cobrado era de US$ 4 mil, quase R$ 20 mil. Depois conseguiram reduzir para US$ 3 mil, o que ainda era inviável para a maioria dos brasileiros que tentavam retornar”, lembra. As negociações surtiram efeito e todos foram repatriados com passagens custeadas pelo Itamaraty.

Flávia e Vitor estavam fazendo um “mochilão” por vários países, desde metade do ano passado, e em 28 de fevereiro chegaram nas Filipinas, passeando por várias cidades. Os dois chegaram em Port Barton no dia 13 de março e três dias depois foi decretado o fechamento de tudo na cidade.

O intuito do casal, inicialmente, era seguir viagem para outros países asiáticos até dezembro de 2020, mas a pandemia vem causando incertezas e o fechamento de fronteiras. “Não é o momento de ficar longe de casa. Sabemos da gravidade da situação no mundo todo e, por isso retornar foi a melhor alternativa”, disse Flávia. Ela relembra que o casal ficou hospedado em um hotel, sem poder sair das dependências do estabelecimento.

No fim de março, relata, a pressão para que turistas deixassem o país começou a aumentar e procurar por auxílio de autoridades foi a única opção encontrada diante dos elevados preços das passagens.

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