Na quinta-feira (16), o Estado de São Paulo registrou a primeira morte por dengue deste ano, de acordo com informações do Ministério da Saúde, divulgadas pelo portal G1. Segundo a pasta, o óbito ocorreu na cidade de Birigui. Ainda de acordo com o ministério, outras sete mortes no Estado seguem sob análise.
De 1º de janeiro até quinta-feira, foram confirmados 8.414 casos confirmados de dengue em todo o Estado e 19.900 estão em investigação. A maioria dos casos registrados no início deste ano está concentrada no noroeste paulista.
Ao todo, 21 cidades paulistas decretaram situação de emergência pela doença: Dirce Reis, Espirito Santo Do Pinhal, Estrela D’Oeste, Glicério, Guarani D’Oeste, Igaratá, Indiaporã, Jacareí, Marinópolis, Mira Estrela, Ouroeste, Paraibuna, Populina, Potirendaba, Ribeira, Rubinéia, São Francisco, São José Do Rio Preto, São José Dos Campos, Tambaú e Tanabi.
No ano passado, a dengue superou os 2 milhões de casos confirmados em São Paulo e chegou a quase 2 mil óbitos, segundo o painel de monitoramento da doença alimentado pela Secretaria Estadual da Saúde (SES). Esses são os maiores números registrados desde o início do registro da série histórica no estado, em 2000.
O Periscópio questionou a Prefeitura de Itu para saber como está a situação na cidade. A administração municipal informou que, do dia 1º até 16 de janeiro, foram registrados 36 novos casos de dengue em Itu. Comparando com o mesmo período no ano passado, houve uma queda no número de casos no município, já que nas duas primeiras semanas de 2024, foram registrados 242 casos da doença.
Sobre as ações de combate à doença, a Prefeitura informa que o trabalho em Itu ocorre de forma contínua e envolve outros serviços da cidade. Com o objetivo de identificar e eliminar criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, a equipe do serviço de Controle de Vetores realiza visitas casa a casa e a pontos estratégicos, quando o agente de controle de vetor também orienta o munícipe, ações de bloqueio quando necessário, treinamento da equipe e mapeamento de casos de dengue no município para traçar metas de combate.
Ainda segundo a administração municipal, neste início de ano, “a equipe está colhendo dados para a Avaliação de Densidade Larvária (ADL). Outros serviços de saúde estão envolvidos no trabalho de combate à dengue a fim de promover atendimento, orientação e monitoramento de casos suspeitos da doença”, acrescenta em nota.
Sobre a situação vacinal de combate à dengue, a Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, informa que a procura pela vacina é baixa, mas que o imunizante está disponível em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) para o público contemplado (10 a 14 anos). A vacinação ocorre de segunda a sexta-feira, das 7h às 18h45 na UBS 02 (Jardim União) e na UBS 05 (Rancho Grande), e das 7h às 17h45 nas demais UBS.
Preocupação
A publicitária e jornalista Ketlin Rocco, moradora do bairro São Luiz, teve dengue em março do ano passado, no auge da epidemia no município. “Constantemente os carros vaporizadores passavam e também os fiscais para averiguar as casas. Eles diziam que aqui no meu bairro e na minha rua tinham focos do mosquito. No entanto, há dois terrenos abandonados na minha rua, com mato alto e entulhos, mas nunca soube de que a Prefeitura houvesse notificado os donos, pois nunca os vi tomando alguma providência nesses terrenos”, relata.
“Eu não tive a pior versão da dengue, mas fiquei muito ruim. Nunca havia sentido tanta dor no corpo e na cabeça, e também indisposição. É uma doença certamente incapacitante. No primeiro dia eu relutei a ir no hospital, justamente porque os pronto-atendimentos da cidade vivem lotados. Mas no segundo dia eu não aguentei e pedi para o meu esposo me levar, pois eu estava realmente muito mal e não sabia como medicar corretamente”, recorda Ketlin.
“Agora, em 2025, fui informada de que um desses terrenos vizinhos está com um foco de dengue. Infelizmente, a gente toma os cuidados necessários em nossa casa, mas nem todos têm a mesma responsabilidade. Já vi diversos mosquitos rajados na minha casa, e tento prevenir usando repelente, mas sinceramente, acho um absurdo esses donos de terrenos aqui em Itu que não são cobrados pela Prefeitura. Tem que haver uma fiscalização maior e uma medida de obrigação de fazer.”, desabafa a publicitária.
“Espero que nessa nova gestão isso tenha solução, e os donos desses terrenos sejam forçados a cuidarem, pois certamente são nesses locais os maiores focos, sejam em terrenos fechados ou abertos onde não se há o devido cuidado”, conclui a jornalista.
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