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Ato após missa afro causa indignação em representantes da causa negra de Itu

Na tarde do dia 27 de novembro, a Rádio Brazil Imperial, o Movimento Itu Fidelíssima do Império, a Liga do Santo Rosário, e o Instituto Plinio Corrêa de Oliveira estiveram reunidos na Praça Dom Pedro I, no Centro de Itu, para a realização de um terço em “reparação a Missa Afro”, celebrada no dia 20 do mês passado, no mesmo local.

A organização e realização do terço causou grande polêmica, com fortes críticas manifestadas nas redes sociais por diversos membros dos movimentos negros ituanos. Em alguns dos posts, os integrantes dos movimentos destacaram que o ato do dia 27 é intolerância religiosa, sob pena de detenção de um mês a um ano de prisão ou multa.

Diante de todo o ato e sua repercussão, o Periscópio conversou com um dos organizadores do terço, César Jaques. Segundo ele, a missa desrespeitou a tradição católica. “Agora querem fazer uma simbiose, um sincretismo que fere a doutrina da Igreja Católica através das missas que eles chamam de ‘missa afro’”, opina Jaques, que conta como se deu o ato.

“Nós simplesmente rezamos o terço em desagravo a tudo aquilo que aconteceu no dia da missa ‘pseudoafro’. Deixo claro que em momento algum eu quis atacar algum negro, movimento, religião de matriz africana ou pessoa específica. Tenho 35 anos de vivência na igreja católica, como coroinha e mestre de cerimônias, minha defesa é em favor da doutrina de Nosso Senhor Jesus Cristo”, afirma o manifestante, que é gestor de eventos e diz ter feito atividades em conjunto com o movimento negro.

O JP também procurou a UNEI (União Negra Ituana), organizadora da Missa Afro. O presidente Vicente Sampaio afirmou que a entidade não irá se manifestar, porém apontou que em quase 30 anos de realização nunca apareceu ninguém contra a missa.

Em suas redes sociais, a presidente do PSOL de Itu, Michelle Duarte, que integra a UNEI, chamou o terço do dia 27 de “intolerância religiosa”. “Intolerância religiosa é a incapacidade intelectual e inabilidade de respeitar e reconhecer as práticas e crenças de terceiros”, publicou ela, convidando seus seguidores a denunciar tal ato. “Não podemos mais aceitar que manifestar sua crença seja motivo de chacota e tamanho desrespeito”.

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