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Agosto Dourado: confira os benefícios do aleitamento materno para mãe e bebê

O professor do curso de Medicina do Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio (CEUNSP), Dr. André Tabarassi

Em alusão ao “Agosto Dourado”, campanha de incentivo à amamentação, a reportagem traz uma entrevista especial com especialista que reforça a importância do aleitamento materno e seus benefícios comprovados para a saúde da mãe e do bebê. Apesar dos avanços de informação, ainda persistem dúvidas e mitos sobre o tema.

O professor do curso de Medicina do Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio (CEUNSP), Dr. André Tabarassi, especialista em saúde materno-infantil, explica que o leite materno é considerado o alimento mais completo para os primeiros meses de vida. Confira a entrevista completa:

Quais os principais benefícios que o leite materno traz para as mães e filhos?

Para as mães, amamentar ajuda a contração uterina pós-parto imediato, diminui as perdas sanguíneas, aumenta os laços afetivos do binômio mãe e filho.

Até qual idade é recomendável dar o leite materno?

Segundo a OMS, até os 6 primeiros meses amamentação exclusiva e depois manter até dois anos, podendo até se estender.

Há casos de mães com dificuldades de produzir leite materno? Por que isso acontece e quais os caminhos possíveis?

É importante lembrar que, ao longo da evolução da espécie, o leite materno foi o primeiro alimento do ser humano. Assim, todas as mulheres têm capacidade de amamentar. No entanto, alguns fatores podem dificultar esse processo — sendo a falta de preparo e de orientação especializada um dos principais.

Também podem ocorrer dificuldades relacionadas a problemas anatômicos, intervenções cirúrgicas prévias ou até mesmo em situações infecciosas. Cada caso deve ser avaliado de forma individual, mas, em geral, um bom acompanhamento e treinamento especializado conseguem resolver a maioria dos desafios.

Quais os principais mitos sobre a amamentação?

Um dos mitos mais comuns é a ideia de que existe “leite fraco” — na realidade, todo leite materno é rico em nutrientes e adequado para o bebê. Outro equívoco é acreditar que a amamentação faz a mama “cair”, quando na verdade essa mudança está muito mais relacionada a fatores genéticos, hormonais e ao envelhecimento natural.

Também é mito pensar que o processo precisa ser sempre doloroso; quando há dor, geralmente está associado a dificuldades de pega ou à falta de orientação adequada, e pode ser corrigido. Por fim, há quem acredite que o leite materno não contém todos os nutrientes necessários, o que é totalmente incorreto, já que ele é o alimento mais completo para o bebê nos primeiros meses de vida.

Quais orientações o senhor deixa para as mães a superarem as dificuldades comuns durante o período?

Costumo reforçar, com base na literatura médica, a importância científica da amamentação e seus inúmeros benefícios. Não incentivo o uso de medicamentos que supostamente “aumentam” a produção de leite, mas sim a busca por orientação adequada diante de dificuldades. Também alerto para a atenção a possíveis processos inflamatórios e ressalto a necessidade de acompanhamento com profissionais especializados em amamentação.

A avaliação multidisciplinar é fundamental, pois cada caso é único. Além disso, sempre lembro que o sucesso da amamentação traz impactos positivos que vão além do vínculo afetivo, ajudando inclusive a reduzir futuras demandas em saúde para os bebês.

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