
Apesar de amplamente divulgado nos meios de comunicação e conhecido por boa parte da população, o chamado “golpe do falso advogado” segue fazendo vítimas por todo o país, inclusive na cidade de Itu. A persistência desse tipo de fraude tem preocupado a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), que considera fundamental alertar a comunidade sobre o seu funcionamento e, sobretudo, orientar sobre os cuidados que devem ser tomados para evitar prejuízos.
O golpe consiste, basicamente, em uma abordagem feita por criminosos que se passam por advogados ou representantes de escritórios jurídicos. Usando informações reais de processos judiciais, que, na sua grande maioria são públicos e de fácil acesso, os golpistas entram em contato com as vítimas, geralmente por meio de mensagens via WhatsApp ou ligações telefônicas.
Os criminosos então identificam-se como advogados, utilizam nomes e números de registro reais da OAB, e até enviam documentos com aparência verídica, como ofícios, termos de liberação de valores ou sentenças judiciais supostamente favoráveis.
O objetivo é convencer a vítima de que há valores a receber, como precatórios, indenizações ou restituições, desde que seja feito um pagamento antecipado para “custas processuais”, “honorários” ou “liberação bancária”. O valor geralmente é cobrado com urgência, por meio de transferência via PIX, e após o pagamento o suposto advogado desaparece.
“Infelizmente, esse tipo de golpe vem se sofisticando. Os criminosos investem em linguagem técnica, simulam timbres de tribunais e criam um ambiente de aparente legalidade que confunde até mesmo pessoas mais atentas. Trata-se de uma verdadeira ‘engenharia social’ que explora a boa-fé, a confiança nas instituições e, muitas vezes, o desconhecimento técnico da população”, afirma o presidente da OAB-Itu, Dr. Rodrigo Tarossi.
O advogado destaca que, em caso de golpe consumado, é fundamental registrar imediatamente um boletim de ocorrência, preferencialmente com todas as provas em mãos – como prints, áudios, documentos enviados e comprovantes de pagamento. Também é recomendável acionar o banco para tentar bloquear a transação via o Mecanismo Especial de Devolução (MED), disponível para operações feitas por Pix.
“A OAB-Itu tem atuado firmemente para coibir essa prática, seja por meio de campanhas de conscientização, seja colaborando com as autoridades policiais. A defesa da cidadania, da segurança jurídica e da confiança na advocacia é missão permanente da OAB. Contem conosco para ajudar a combater mais esse tipo de crime”, encerra Tarossi.
Cuidados a serem tomados
Em meio a tantos golpes, é essencial redobrar a atenção. A OAB-ITU recomenda à população uma série de cuidados preventivos:
- Desconfie de contatos inesperados, principalmente por aplicativos de mensagem, que solicitem pagamentos imediatos, sob alegação de urgência.
- Não faça qualquer depósito ou transferência sem antes confirmar a identidade do profissional. Evite confiar apenas em mensagens ou ligações.
- Nunca envie documentos ou informações pessoais sensíveis sem ter plena certeza da veracidade do contato.
- Guarde todos os registros da comunicação, caso suspeite do golpe. Isso poderá ser útil para registro policial e eventual recuperação do valor.
- Em caso de dúvida, procure o seu advogado de preferência diretamente no escritório do profissional.
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