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Mães Atípicas: o amor que rompe barreiras e redefine a maternidade

Em meio aos desafios diários e à luta por inclusão, visibilidade e respeito, mães atípicas se tornam símbolo de força e resiliência. Elas vivem uma maternidade que vai além das expectativas convencionais, marcada por diagnósticos, descobertas, e, acima de tudo, por um amor transformador. Em homenagem a essas mulheres, ouvimos histórias que tocam o coração e revelam a potência da maternidade atípica.

“Eu renasci com o diagnóstico”

Jéssica Torrezan Silvério, 33 anos, moradora da Vila Leis, é mãe de quatro crianças — entre elas, Heitor, de 7 anos, diagnosticado com autismo. O diagnóstico veio após uma longa jornada de investigação iniciada quando ele ainda tinha um ano de idade.

“Foi muito impactante pra gente. A escola ajudou muito, tinham uma visão diferente da nossa, e isso nos fez começar a investigar”, relembra. O laudo definitivo chegou em 2020, após dois anos de exames. “Minha vida praticamente se resume ao autismo. Eu renasci com o diagnóstico. Descobri um amor de mãe ainda maior do que eu imaginava.” Jéssica diz que o aprendizado com o filho é diário: “Aprendi sobre paciência, empatia, respeito… Enxergar com os olhos do coração.”

“Aprendo com elas todos os dias”

Cassiana Micheletto, de 48 anos, moradora do Jardim das Rosas, é mãe de Emanuelly (9) e Alice (8), ambas diagnosticadas com Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH). A percepção inicial veio enquanto cursava pós-graduação em Neuropsicopedagogia.

“Da Emanuelly não foi surpresa, mas da Alice foi um alívio, pois ela tinha muitos problemas na escola. O diagnóstico nos ajudou a entender comportamentos que antes não faziam sentido.” Cassiana destaca que, apesar de terem o mesmo transtorno, as filhas têm características muito diferentes. “É um aprendizado diário. Entender cada uma do seu jeito me ajuda inclusive na minha atuação profissional.”

“Nem todos os dias são flores”

Natali Cruz de Oliveira, 25 anos, moradora do bairro São Camilo, é mãe de Mirella (7) e Gabriel (3). A suspeita de autismo na filha mais velha surgiu cedo, aos 1 ano e 5 meses, quando familiares perceberam comportamentos diferentes. A confirmação veio aos 4 anos de idade.

“No dia do diagnóstico, chorei muito. Nossa vida mudou completamente. Aprendemos a cada dia como lidar e ajudar nossa pequena.” Natali ressalta que a maternidade atípica exige garra e coragem. “Ela é linda, mas também muito dolorosa. Eu aprendi o verdadeiro significado do amor e da empatia. Costumo dizer pra Mirella: ‘Se o mundo um dia for contra você, então eu, o papai e o Gabriel seremos contra o mundo.’”

“O autismo é um espectro, cada criança é única”

Solange Soboleski, de 36 anos, moradora do bairro Cruz das Almas, é mãe de Antônio (13) e Theo (7). A suspeita de autismo em Theo surgiu na creche, aos 2 anos e 3 meses. O impacto inicial foi profundo: “Foi como se tivesse aberto um buraco no chão. Eu e meu marido não conseguíamos acreditar.”

Apesar da dor, Solange buscou força e informação. O diagnóstico oficial veio aos 3 anos, quando ela já havia começado a aceitar e pesquisar. “Minha vida mudou completamente. O autismo é um espectro, e cada criança tem seus próprios desafios e pontos fortes.” Para ela, a maior lição foi descobrir sua própria força. “É uma jornada de crescimento, inclusão e valorização da individualidade dos filhos.”

Unidas e mais fortes

Essas histórias evidenciam que a maternidade atípica não é definida apenas pelo diagnóstico, mas pela capacidade de adaptação, pelo amor sem medidas e pelo desejo constante de aprender com os filhos. São mulheres que, dia após dia, enfrentam barreiras sociais, emocionais e institucionais, e ainda assim encontram maneiras de construir caminhos mais justos e afetivos.

Em um mundo que ainda caminha lentamente rumo à inclusão, essas mães são faróis — iluminando, ensinando e mostrando que o amor é sempre o maior guia.

As quatro entrevistas se uniram e realizarão, no próximo dia 21, o I Encontro de Mães Atípicas de Itu, na Saseno – Avenida Gomes, 7, Jardim Convenção. Saiba mais.

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Fonte

Publicado em May 11, 2025.
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