CRÍTICA: CONCLAVE

Tema em alta frente à morte do Papa Francisco na última semana, dia 21/04.

Ainda mais, pois, nos próximos dias, será realizado o real Conclave para escolher o novo Pontífice.

De antemão, já dá para aliviar as expectativas com o filme, que é repleto de reviravoltas e temas importantes como política e sociedade. Indicação certa do Jornal de Itu.

O longa Conclave foi dirigido por Edward Berger, vencedor do Oscar com Nada de Novo no Front na categoria de Melhor Filme Internacional, e também indicado a Melhor Trilha Sonora, Melhor Design de Produção (Direção de Arte) e Melhor Fotografia.

No atual Oscar (2025), o Diretor da película Conclave recebeu oito indicações e venceu na categoria Melhor Roteiro Adaptado.

No prêmio BAFTA 2025 (Academia Britânica de Cinema) conquistou 4 estatuetas: Melhor Filme, Melhor Filme Britânico, Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Montagem. No Critics Choice Awards 2025 venceu: Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Elenco em Filme.
Conclave conta a história do Cardeal Lawrence (Ralph Fiennes) é escolhido para conduzir a eleição do novo pontífice após morte do papa. No coração do Vaticano, ele enfrenta disputas de poder e descobre um segredo capaz de abalar toda a Igreja.

Filme de leitura simples e objetiva.

Trata-se de uma trama com bons personagens, sendo eles os Cardeais que se unem para escolher o novo Papa. Apesar das conspirações, que sempre trazem um pouco de complexidade à narrativa, Conclave consegue ser claro, embora tenha uma cadência lenta.
Várias ideias são levantadas no filme, como no início, ao questionar a frieza do cadáver — que somos todos iguais perante a morte. A ambição dos Cardeais, assim como a política mais progressista ou liberal por parte dos pretendentes, é evidenciada. Conspirações continentais e distúrbios sociais são ponderados para melhor ambientar a história.
Em leituras e conversas, as opiniões se dividiram. Para alguns jovens religiosos, o final é apelativo.

Particularmente achei muito literário, muito ficcional — até porque o longa foi inspirado no livro de Robert Harris. Outros simplesmente gostam.

Uma coisa é certa: existe uma preocupação e algo muito importante acontecendo no Vaticano, que é a flexibilização das normas que sustentam a instituição católica. Isso é mostrado no filme e, provavelmente, é muito discutido na vida real também.
A fotografia é fantástica, com iluminação ora sombria e intimista, ora esclarecedora. O alto contraste é visível em toda a história. As indumentárias são realistas, assim como todos os movimentos dos rituais religiosos.

Seguem duas indicações de livros que explicam esses rituais: procurar no Pátio do Colégio, em São Paulo, as escrituras do jesuíta Inácio de Loyola ou, caso queira algo mais científico, os textos do psiquiatra Carl Jung, mais precisamente o livro O Símbolo da Transformação na Missa.

Conclave tem boa crítica no IMDb, atingindo nota 7,4, e também boa popularidade. No igualmente crítico Rotten Tomatoes, tem ótima avaliação, com 93% de aprovação, e na rede social Letterboxd, tem grande aceitação do público, com 4 estrelas.

Você pode assistir Conclave via streaming no Amazon Prime Video, Apple TV, YouTube e Google Play Filmes.

Agora é só curtir!

Dorival Sanches – Blog: https://dorivalcardealblog.wordpress.com/

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