Comédia/Drama, 2024 | Direção: Guel Arraes, Flávia Lacerda | Classificação indicativa: 10 anos | Duração: 1h54 | Em cartaz nos cinemas
Fui ao cinema pronto para não gostar de “O Auto da Compadecida 2”. Saí achando tão bom quanto o primeiro. Talvez essa tenha sido a principal sensação de todos que já conferiram o longa, sequência do filme de 2000 que até hoje está no imaginário popular brasileiro.
Após 20 anos desaparecido, João Grilo (Matheus Nachtergaele) retorna a Taperoá e descobre que Chicó (Selton Mello) espalhou a história de que ele foi ressuscitado por Nossa Senhora, tornando-o uma espécie de santo. Essa fama atrai a atenção de políticos locais, que desejam usá-lo como cabo eleitoral. João Grilo vê na situação uma chance de enriquecer com um de seus tradicionais trambiques, mas nada sai como esperado, e seu passado volta para assombrá-lo.
O novo filme sabe a todo instante que se trata da continuação de um dos maiores sucessos do cinema nacional e não quer ser melhor ou mais grandioso, mas recontar a mesmíssima história para um novo público. Se perde em originalidade, ganha em coração: estamos diante de uma história de amizade e poder da fé no melhor das pessoas, apesar das adversidades.
Rever Selton Mello e Matheus Nachtergaele em seus papéis consagrados, agora na telona (já que não tive a mesma oportunidade no longa original), foi uma experiência e tanto que recomendo a todos que, assim como eu, teve no primeiro “O Auto da Compadecida” a primeira experiência com um filme nacional. Em uma semana tão incrível para a sétima arte no Brasil, com a vitória de Fernanda Torres no Globo de Ouro, reserve um tempinho para prestigiar essa obra do jeito certo: na tela do cinema. Vale a pena conferir.
Nota: ★★★★
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