O livro “A filha do Reich”, escrito pelo jornalista e psicanalista ituano Paulo Stucchi, será adaptado para os cinemas. Finalista do Prêmio Jabuti em 2020, a obra publicada pela editora Jangada vai virar um filme dirigido por Carlos Manga Jr. e roteiro de Victor Navas. A produção, ainda sem data de lançamento, é da Academia de Filmes e The Creators Bridge.
O livro conta a história de um brasileiro que, ao organizar o funeral de seu pai, um enigmático ex-soldado nazista, descobre segredos místicos de eventos ocorridos no Campo de Concentração de Plaszów. A trama, narrada em duas linhas de tempo, aborda temas como redenção, amor e morte, enquanto uma organização sombria, surgida no Terceiro Reich, tenta ocultar a identidade de uma criança conhecida como “A filha do Reich”.
“Uma produção épica que trança elementos do drama e do suspense partindo de um passado de guerra, na Alemanha nazista, a um presente marcado por segredos desse passado, no Brasil. Uma misteriosa história, de amores impossíveis face ao risco da existência de organizações secretas em proteção de abomináveis ideologias. Uma história tocante, instigante e rica para o momento vivido pelo mundo”, comenta o diretor Carlos Manga Jr., que é responsável por séries como “Desalma” e “Aruanas”, do Globoplay.
Desenvolvida como uma super coprodução internacional, a obra cinematográfica será falada em língua portuguesa e alemã. “Esse é um projeto que reúne Brasil e Alemanha de forma única. As gravações na Alemanha e Brasil, e em outros países da Europa, envolverão talentos artísticos e técnicos de muitas nacionalidades, movimento fundamental para o crescimento e internacionalização da indústria audiovisual brasileira”, afirma o produtor Paulo Schmidt.
Representando os direitos da obra em conjunto com a Menta Produções, a The Creators Bridge também será corresponsável pelo financiamento em coprodução com o projeto. “Esse é o momento propício para pensarmos um projeto cinematográfico com DNA global. Além do tema, sensível ao mundo, ‘A filha do Reich’ possui em sua essência o forte apelo a parceiros internacionais e, especialmente, poder para atrair um novo consumidor mundial”, complementa o coprodutor Felipe Herz Boclin.
O projeto nasce no momento em que o Brasil registra 200 anos da imigração alemã, que tanto contribuiu para o desenvolvimento do país. “Acredito que o sonho de todo escritor é ver sua obra lida e adaptada para o cinema ou streaming, o que é fundamental para ajudar a popularizar o título. Fico muito feliz com esse reconhecimento de ‘A filha do Reich’, e agora resta a expectativa de que a fase de captação de recursos e de parcerias da produtora prossiga”, afirmou o autor Paulo Stucchi com exclusividade ao JP.
Finalista de novo
Paulo Stucchi foi novamente finalista do Prêmio Jabuti neste ano, na categoria Romance de Entretenimento, com o livro “O homem da Patagônia”, também publicado pela editora Jangada. O prêmio ficou com “O Crime do Bom Nazista”, do gaúcho Samir Machado de Machado, publicado pela Todovia.
“O troféu não veio, bateu na trave, mas agradeço imensamente as várias mensagens de leitores que estavam acompanhando a premiação online, no canal da CBL, ou mesmo que estavam torcendo à distância”, afirmou Stucchi após a premiação na última terça-feira (19).
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