Na manhã de quarta-feira (23), a primeira reunião de transição para o governo municipal foi realizada. O encontro foi conduzido pelo atual prefeito Guilherme Gazzola (PP) em seu gabinete, acompanhado pela comissão de transição oficialmente nomeada.
O prefeito eleito Herculano Passos (Republicanos) não compareceu e foi, de acordo com a assessoria de imprensa da Prefeitura, representado por uma comissão de integrantes de seu grupo, sendo somente três relacionados formalmente e outros dois membros. Todos foram recebidos pelo prefeito Gazzola.
Durante a reunião foram entregues documentos contábeis da atual administração, solicitados pelo grupo de Herculano. Ainda de acordo com comunicado enviado à imprensa, houve um “impasse momentâneo” no recebimento da documentação diante queixa da comitiva de Herculano acerca de menções consideradas “políticas e jocosas” no enunciado do protocolo de entrega. Por fim, após a explicitação dessa discordância aos presentes, a equipe de Herculano retirou os documentos em questão.
A comissão de transição da presente gestão contou com o secretário municipal de Administração, Moysés Pinheiro, a secretária de Justiça, Maria Teresa Di Ciero e seu adjunto Gustavo Toledo. A comissão de Herculano foi encabeçada por Adriano Alves, tendo ainda Ricardo Mendes e Adilson Pereira, além de dois componentes não elencados formalmente na composição da mesma.
Outro lado
A reportagem do JP procurou a assessoria do prefeito eleito para saber a visão dele sobre a reunião. Para o coordenador da equipe de transição, o advogado Adriano Alves, indicado pelo prefeito eleito Herculano Passos, o processo de transição é um ato de governo, de natureza administrativa. A Lei estabelece que tanto o prefeito eleito quanto o prefeito em exercício devem nomear seus representantes para conduzir o processo de transição.
“No entanto, na última terça-feira, o próprio prefeito em exercício fez questão de presidir a reunião, proferindo diversos comentários ofensivos contra a equipe de transição. O protocolo da reunião também continha termos inadequados, incluindo considerações e juízos de valor que não faziam parte do objetivo daquela reunião”, informou a assessoria do prefeito eleito.
“Importante esclarecer que, em momento algum, foi solicitado o agendamento de reunião; a única demanda foi o fornecimento de documentos e informações. Dos mais de 80 itens solicitados, apenas cinco foram entregues”, finalizou.
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