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Cinerama: Madame Teia

Um filme que pra ser ruim tem que melhorar muito. “Madame Teia” é um amontoado de ideias sem nexo, que tenta explorar a mitologia de uma personagem do terceiro escalão da Marvel, assim como a Sony tentou fazer com o fracassado “Morbius” – que, ao menos, consegue ter momentos divertidos. Agora, nesse novo filme do universo do Homem-Aranha sem Homem-Aranha, nada se salva.

A protagonista Dakota Johnson (da franquia “Cinquenta Tons de Cinza” e do bom “A Filha Perdida”) até tenta empregar algumas nuances em sua versão de Cassandra Webb, mas o roteiro não ajuda. É um filme sem profundidade nenhuma, em que as motivações são tão fracas que não geram impacto nenhum. Simplesmente é impossível ter qualquer conexão com os personagens em tela.

O vilão Ezekiel Sims  (vivido por Tahar Rahim) só está presente para dar andamento à trama, que é tão ridícula quanto os objetivos do próprio. Isso sem falar que o interessante elenco de apoio é totalmente subaproveitado – Sydney Sweeney, Isabela Merced e Celeste O’Connor são simplesmente jogadas para escanteio.

Para os fãs de histórias em quadrinhos, ainda fica aquele gosto ruim da eterna promessa da Sony de se aprofundar no universo do Homem-Aranha, o que nunca acontece – e que, tomara, nunca aconteça. Melhor deixar o Cabeça de Teia com a Marvel Studios mesmo.

Nota: 

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