As eleições deste ano serão fundamentais para definir os rumos de nossa democracia. Por isso, nos próximos meses, a equipe da Agência Pública vai ganhar reforços para monitorar a desinformação que circula nas redes e influencia o debate público. Também vamos cobrir a violência política no país; os candidatos ao governo dos estados da Amazônia Legal; as pautas sobre gênero e a atuação de fundamentalistas religiosos e grupos conservadores contra elas. Durante a cobertura eleitoral, vamos contar com acadêmicos que vão analisar desinformação. Além disso, o repórter Rubens Valente passa a fazer parte de nossa equipe.
Na próxima segunda-feira, 25/07, vai ao ar o Sentinela Eleitoral, projeto que vai investigar e analisar as redes de manipulação do debate público (fake news). Em parceria com o pesquisador David Nemer e o Berkman Klein Center for Internet & Society da Universidade de Harvard, vamos publicar reportagens sobre campanhas de desinformação relacionadas às eleições de 2022. O projeto terá um site próprio, que vai conter, além das investigações da equipe de repórteres premiados, análises de pesquisadores acadêmicos.
Também a partir da próxima segunda-feira, nossa diretora-executiva, Natalia Viana, passa a assinar a newsletter Democracia em Xeque. Nos artigos, exclusivos para a newsletter, Natalia vai analisar eventos e estratégias para enfraquecer a democracia, no Brasil e no mundo. A newsletter foi elaborada durante seu período de permanência na Universidade de Harvard, como fellow da Fundação Nieman. A assinatura é gratuita e pode ser feita através deste link .
Nossa equipe também vai cobrir as disputas aos governos estaduais, com foco nas políticas ambientais, na série Governadores contra o Clima. Vamos investigar governadores dos estados da Amazônia que são candidatos à reeleição e operadores locais da agenda antiambiental e anti-índigena de Bolsonaro. Nossos repórteres vão olhar para as alianças que os sustentam, os impactos de políticas estaduais de meio ambiente de seus últimos mandatos e o favorecimento dos setores econômicos (formais e informais) a que os governadores estão ligados. Serão feitas reportagens em Rondônia, Mato Grosso, Acre, Amazonas e Roraima.
Rubens Valente estreia coluna
Ao longo de nossos 11 anos, temos feito diversas investigações na Amazônia. A última delas foi a cobertura in loco do desaparecimento e assassinato de Bruno Pereira e Dom Phillips no Vale do Javari , acontecimento intimamente ligado ao desmonte das políticas ambientais promovido pelo governo Bolsonaro. Um dos repórteres que enviamos ao Vale do Javari foi Rubens Valente , jornalista com mais de 30 anos de experiência e passagens pelos jornais Folha de S. Paulo, O Globo e UOL.
Agora, Rubens passa a fazer parte da equipe fixa da Agência Pública, com uma coluna própria aqui no site, onde vai publicar reportagens e informações exclusivas, com foco em temas socioambientais e políticos. A coluna estreia ainda neste mês e poderá ser republicada, desde que com os devidos créditos e link para a postagem original no site da Pública .
Violência nas Eleições
Acontecimentos como o lançamento de veneno e de bombas em eventos políticos e o assassinato do petista Marcelo Arruda por um bolsonarista mostram que a violência política será novamente um tema a ser investigado nas eleições deste ano.
Por isso, mais uma vez vamos fazer um levantamento extensivo dos casos de violência nas eleições, como feito em 2018 e em 2020. Em 2018 o levantamento da Pública mostrou que apoiadores de Bolsonaro realizaram pelo menos 50 ataques violentos pelo país. Neste ano, nossa equipe também vai recolher relatos através de um questionário online, a partir de agosto. As histórias enviadas serão checadas pelos jornalistas da Pública.
Como organização que tem coberto o tema há 4 anos, o levantamento da Pública poderá servir de base para analisar o recrudescimento, a autoria, a geolocalização e as repercussões da violência eleitoral.
A Agência Pública disponibiliza todo seu conteúdo para republicação gratuita. Não será diferente com a cobertura de eleições. Veículos nacionais e internacionais podem republicar as reportagens, desde que na íntegra e com créditos à Pública e aos repórteres no início dos textos. Todas as informações sobre republicações e o formulário de inscrições para receber as reportagens por e-mail estão em nossa página sobre republicações.
Fonte
O post “Saiba como vai ser a cobertura da Pública nas eleições 2022” foi publicado em 31st julho 2022 e pode ser visto originalmente diretamente na fonte Agência Pública