Poeta Sidarta Martins
Cadeira nº 20 I Patrono Luiz Silveira Moraes
Em algum momento do ano precisamos parar para uma faxina, não é mesmo?
E para uma reflexão sobre o sentido da limpeza.
Existem poeiras que se acumulam em cantinhos escondidos, escondidos,
e ficam lá, nos causando alergia.
É o momento da faxina.
Chegou o final do ano
Mais um ciclo que se encerra, muitos outros que se iniciam
É dia de faxina!
É hora de puxar os móveis, varrer a poeira, alcançar os cantinhos, aqueles cantinhos mais escondidos, aqueles cantinhos mais inalcançáveis.
É dia de faxina
Mas faxina da boa, faxina que vale a pena, não faxina que só tira a poeira de cima
Faxina que vai ao fundo, que tira a crosta, toda a crosta acumulada nos 365 dias
E tem, ainda, mais 6 horas, do ano que passou.
É dia de faxina
Participo dela com prazer, com alegria, quero deixar tudo limpinho para o novo ano, quero um ano novinho em folha.
É dia de faxina, dia de renovação, dia de revisão, dia de revisão de conceitos
Alguns cheios de defeitos, conceitos sobre limpeza, conceitos velhos, carcomidos
Abro gavetas, olho para cima e para baixo.
É dia de faxina
Quero tudo limpinho, não quero teias de aranha esquecidas, não quero gavetas mal cuidadas, mal arrumadas, que guardam coisas velhas do ano que passou
É dia de faxina, dia de encher sacos de lixo, dia de lustrar os móveis, dia de lavar a alma
Dia de alegria, com certeza.
Dia de casa limpa, para o ano que se inicia.
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