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Parque Maeda comemora 24 anos de pesca e lazer

A história de sucesso se tornou referência para Itu

A cidade de Itu tem muitos motivos para ser conhecida e reconhecida: Berço da República, Roma Brasileira, cidade em que tudo é grande… e também o município em que fica o Parque Maeda. O local, com 6,4 milhões m², se tornou referência de lazer, tanto na pesca quanto na gastronomia e na diversão, além de sediar eventos musicais que atraem para a cidade milhares de pessoas, inclusive de outros países.

O criador e idealizador, Taneyoshi Maeda, só é conhecido assim para questões burocráticas, no cotidiano é André. O pai dele, Shigueharu, que chegou do  Japão ao Brasil em 1928,  “abrasileirou” o nome para facilitar a adaptação dos filhos no Brasil.

Em 1964, ele chegou em Itu com os pais e os irmãos. Vinha do estado do Paraná e a proposta de trabalho era trabalhar plantando tomates com a família nas terras de gente importante da cidade.  Os trabalhadores eram “meeiros”, ou seja, plantavam em terras alheias e depois dividiam o lucro com o dono da propriedade.

O jovem obstinado tinha um propósito, que poderia até ser uma metáfora do próprio empreendedorismo: plantar nas próprias terras.  Isso conseguiu em 1976, quando comprou o seu primeiro terreno.

Mas a grande oportunidade de sua vida veio de uma ousadia em tempos nebulosos: era 1994, e a moeda vigente no país, cruzado, muda para cruzeiro, que se torna cruzeiro real e depois, real. A inflação chegou a 2.951,63 % no ano e ninguém apostava que seria o ano da estabilização econômica. Aliás, ninguém apostava nada, só temia. Mas André Taneyoshi Maeda apostou: comprou 265 alqueires de uma fazenda que arrendava para plantar tomates. 

Outra aposta que ninguém faria é a de que ali se tornaria uma das maiores referências em lazer e eventos do Estado. “Tudo aconteceu por acaso”, conta o empresário, embora seja difícil de acreditar em acaso com as dimensões que o Parque Maeda tomou.

“Nós tínhamos os tanques da fazenda, os funcionários da roça de tomate pediam para pescar após o trabalho, aos sábados, e começou a vir mais gente, começamos a melhorar a infraestrutura, e o negócio começou a crescer”, recorda. Como pesqueiro era um ramo em que todo mundo investia, para se diferenciar ele foi mais longe e fez piscina, restaurante, pousada e seguiu inovando.

Entre seus projetos preferidos, estão as rodas d’àgua que trabalham 24 horas e chegam a bombear 500 mil litros para os tanques do pesqueiro.  E também uma enorme estrutura de madeira construída em 3 árvores centenárias forma uma espécie de casa na árvore, na qual é possível caminhar por rampas e degraus e desfrutar da paisagem em incríveis 10 mirantes: não há pregos, parafusos ou qualquer intervenção direta na natureza.

Seu André, inquieto, continua criando: fez no local imensa plantação de lichia, com 1000 pés da fruta, e de jabuticabas, com cerca de 5 mil pés, além de uma estufa de morango.

Pelo local chega a passar, por final de semana, 8 mil pessoas. Mas tem também as fases mais difíceis, de baixa temporada, com fechamento no vermelho, mas Maeda aprendeu a ser resiliente com a natureza:

“Quando plantava tomate, eu sempre pensei em parar. É muito arriscado, pois não depende só de você: muita chuva, muito frio, vendaval. Em 1991, quando teve aquele vendaval em Itu, perdi quase 200 mil pés de tomates. Faz parte o risco”, disse André Maeda ao Jornal de Itu em entrevista em 2019.

Em 2020, veria outro grande desafio: a pandemia que fechou parque por cerca de 6 meses. “Foi o pior cenário que vivemos, nunca passamos nada parecido”, relembra André Maeda. Com o parque fechado, o primeiro setor a ser reaberto foi a parte de pesca, com agendamento. “Fomos vendo que era seguro, e assim que abríamos agenda, havia muita procura, todos queriam sair de casa”, lembra Henrique Maeda.

Hoje, o local funciona sempre atento às restrições e questão de segurança sanitária e emprega cerca de 200 pessoas. Seu André hoje se dedica ao restaurante, que tem capacidade para atender mais de 5 mil pessoas por dia com mais de 100 opções de pratos entre gastronomia brasileira e japonesa, além de carnes, peixes, massas e saladas.

O Parque Maeda conta com infraestrutura de lazer e hospedagem ao visitante, incluindo pesqueiro, que é sede de campeonatos nacionais, um dos maiores jardins japoneses do Brasil, piscinas com toboáguas para crianças e adultos, passeios a cavalo e voo de helicóptero, passeios de trenzinho e de teleférico, pedalinho e quadriciclo.

Da agricultura ao turismo, Parque Maeda completou nesta quinta-feira (6), 24 anos de existência e se tornou sinônimo da grandeza de Itu, com resiliência, superação, criatividade e sucesso!

(Texto: Rosana Bueno Fotos: Divulgação Assessoria de Imprensa)

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