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Região do Golfo tem primeiro caso de coronavírus; China registra mais de 6 mil

Pessoas usam máscaras na área de espera do Aeroporto Internacional Bao'an de Shenzhen, na China. Foto: ONU/Jing Zhang

Pessoas usam máscaras na área de espera do Aeroporto Internacional Bao’an de Shenzhen, na China. Foto: ONU/Jing Zhang

A Organização Mundial da Saúde (OMS) confirmou na quarta-feira (29) que o surto de coronavírus já se espalhou para os Emirados Árabes Unidos. A maioria dos casos continua na China, com mais de 6 mil confirmados, 68 deles fora do país.

A OMS anunciou que quatro membros de uma família de Wuhan, que viajaram para os Emirados Árabes Unidos no início de janeiro, foram hospitalizados nos dias 25 e 27 de janeiro, após testes positivos para o coronavírus. O vírus já se espalhou para 15 países: os casos nos Emirados Árabes Unidos marcam o primeiro da região do Mediterrâneo Oriental.

O diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, confirmou na quarta-feira que 68 casos de coronavírus foram confirmados fora da China. Embora isso represente apenas 1% do total, a distribuição geográfica é ampla, com pacientes diagnosticados em América do Norte, Europa e Austrália, além de vários países do Sudeste Asiático.

Em coletiva de imprensa realizada em Genebra na quarta-feira, Michael Ryan, chefe do programa de emergências em saúde da OMS, disse que “o mundo inteiro precisa estar alerta agora. O mundo inteiro precisa agir e estar pronto para qualquer caso que venha do epicentro ou outro epicentro que se estabelecer”.

Ele disse que as ações das autoridades chinesas ajudaram a retardar a disseminação internacional do vírus, mas que esta não foi interrompida. “O aumento contínuo de casos e as evidências de transmissão de humano para humano fora da China são obviamente mais profundamente preocupantes. Embora os números fora da China ainda sejam relativamente pequenos, eles têm o potencial de um surto muito maior.”

Mais de 9 mil casos suspeitos na China

Na quarta-feira, a OMS anunciou que 1.239 dos casos confirmados na China são graves e houve 132 mortes atribuídas ao vírus até agora. Atualmente, existem 9.239 casos suspeitos no país. A avaliação de risco da OMS para a China é “muito alta”, enquanto a avaliação regional e global permanece “alta”.

A liderança sênior da OMS, incluindo Ghebreyesus, se reuniu com o presidente chinês Xi Jinping na terça-feira para compartilhar informações sobre o surto e reiterou seu compromisso de controlá-lo.

As medidas de contenção em Wuhan serão aprimoradas, disse a OMS, e as medidas de saúde pública em outras cidades e regiões chinesas estão sendo fortalecidas. A OMS e as autoridades chinesas se comprometeram a continuar compartilhando dados, e a China compartilhará material biológico com a OMS, com o objetivo de desenvolver vacinas e tratamentos eficazes contra a nova cepa do vírus.

OMS avaliará risco global de emergência nesta quinta-feira (30)

Em seu retorno da China, Ghebreyesus recebeu com agrado o convite do país para a OMS reunir e liderar uma equipe internacional de especialistas para avaliar o surto de coronavírus e apoiar seus colegas chineses.

O chefe da OMS anunciou que o Comitê de Emergência da agência se reunirá, pela segunda vez, nesta quinta-feira (30), para decidir se o surto constitui ou não uma Emergência de Saúde Pública de Interesse Internacional (PHEIC).

A reunião anterior do Comitê terminou em 23 de janeiro com a decisão de não declarar uma PHEIC, embora os membros tenham se dividido sobre o assunto.

UNICEF envia roupas de proteção à China

Enquanto isso, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) anunciou na quarta-feira que enviou 6 toneladas de roupas de proteção para os profissionais de saúde que lutam contra o novo coronavírus na China.

Os suprimentos de máscaras respiratórias e roupas de proteção chegaram a Xangai e serão enviados para a cidade de Wuhan, onde a maioria dos casos foi registrada. O UNICEF planeja enviar mais itens nos próximos dias e semanas.

“Este coronavírus está se espalhando a uma velocidade vertiginosa e é importante mobilizar todos os recursos necessários para detê-lo”, disse Henrietta Fore, diretora-executiva do UNICEF. “Podemos não saber o suficiente sobre o impacto do vírus nas crianças ou quantas podem ser afetadas – mas sabemos que monitoramento e prevenção rigorosos são fundamentais. O tempo não está do nosso lado.”

Reunião em Pequim

O diretor-geral da OMS encontrou-se na terça-feira (28) em Pequim com o presidente da China, Xi Jinping. Ambas as autoridades compartilharam as informações mais recentes sobre o surto do novo coronavírus (2019-nCoV) e reiteraram seu compromisso de colocá-lo sob controle.

Tedros juntou-se ao diretor regional da OMS, Takeshi Kasai, e ao diretor executivo do Programa de Emergências em Saúde da OMS, Mike Ryan, tendo também se reunido com o conselheiro de Estado e ministro de Relações Exteriores, Wang Yi, e o ministro da Saúde, Ma Xiaowei.

A Comissão Nacional de Saúde apresentou fortes capacidades e recursos de saúde pública da China para responder e manejar surtos de doenças respiratórias. As discussões se concentraram na colaboração contínua sobre medidas de contenção em Wuhan, medidas de saúde pública em outras cidades e províncias, estudos adicionais sobre a gravidade e transmissibilidade do vírus e compartilhamento de dados e material biológico com a OMS.

Essas medidas promoverão a compreensão científica do vírus e contribuirão para o desenvolvimento de contramedidas médicas, como vacinas e tratamentos.

Ambos os lados concordaram com o envio de especialistas internacionais à China, pela OMS, para visitar o país o mais rápido possível para trabalhar com colegas chineses na crescente compreensão do surto para orientar os esforços de resposta global.

“Interromper a propagação deste vírus na China e no mundo é a maior prioridade da OMS”, afirmou Tedros. “Agradecemos a seriedade com a qual a China está enfrentando esse surto, especialmente o compromisso da alta liderança e a transparência que demonstraram, incluindo o compartilhamento de dados e a sequência genética do vírus.”

A delegação apreciou as ações implementadas pela China em resposta ao surto, sua velocidade na identificação do vírus e abertura ao compartilhamento de informações com a OMS e outros países.

Ainda há muito a ser entendido sobre o 2019-nCoV. A fonte do surto e a extensão em que ele se espalhou na China ainda não são conhecidas.

Embora o entendimento atual da doença permaneça limitado, a maioria dos casos relatados até o momento foi mais branda, com cerca de 20% dos infectados apresentando doenças graves.

Tanto a OMS quanto a China observaram que o número de casos relatados, incluindo aqueles fora do país, é profundamente preocupante. É urgentemente necessário um melhor entendimento da transmissibilidade e gravidade do vírus para orientar outros países em medidas de resposta apropriadas.

A OMS está monitorando continuamente os desenvolvimentos e o diretor-geral pode reconvocar o Comitê de Emergência do Regulamento Sanitário Internacional (2005) em pouco tempo, conforme necessário. Os membros do comitê estão em espera e são informados regularmente sobre a situação.

Acompanhe as informações oficiais sobre o novo coronavírus no site da OMS: https://www.who.int/emergencies/diseases/novel-coronavirus-2019.

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